A personagem; Manuela Ferreira Leite (MFL).
A senhora está a demonstrar o porquê de 60% dos votantes do PPD/PSD dela não gostarem. O seu rácio entre declarações inteligentes e burras é de um. Vejamos exemplos;
1. Depois de bem explanar a política errada de investimentos "estatais" sem retorno assegurado, logo a seguir, numa entrevista à SIC, congratula o governo pelo controlo do défice.
Ao contrário do Financial Times, MFL não tem coragem de dizer o que hoje é óbvio (à um ano não era tanto assim). Teixeira dos Santos fez o que qualquer gestor de mercearia faria se tivesse o puder dele. Aumentou/criou novos impostos/taxas, fingiu uma reforma na função pública, e, optou pela economia dos "pedreiros e construtores civis" que têm assassinado o país de ponta a ponta. Portanto, sobre coragem ou visão política estamos falados, nem preciso classificá-la já ouve quem o fez por mim. Teixeira dos Santos é o pior ministro das finanças da "nossa" Europa (Financial Times).
2. Depois de correctamente ter "ensinado" Sócrates que uma das primeiras reacções perante a crise era ajudar as "piquenas e médias empresas" com medidas pontuais, mas de uma eficácia brutal, de seguida, diz, com todas as letras, que se Sócrates cumprir o estipulado em relação ao aumento gradual do salário mínimo sem falar novamente com o patronato, seria um irresponsável.
MFL é insensível, ignorante e economicamente rígida. Além de não ter percebido a enorme "gaffe" política cometida, também não percebe que o salário mínimo nacional é vergonhosamente baixo e humilhante para quem o ganha. Por outro lado, não enxerga os verdadeiros problemas da folha salarial portuguesa, i.e., há muitos a ganhar bem sem produzir na devida proporção (daí ser tão importante a avaliação de desempenho em todas as actividades), e, as gestões de topo/direcções ganham, para lá de muito, em relação aos demais colaboradores das suas empresas.
3. Depois de acusar directa e indirectamente (e bem) o actual governo de querer controlar tudo e todos em Portugal, asfixiando a sociedade civil, MFL tem aquela tirada surpreendente que foi captada pela revista Visão "...não pode ser a comunicação social a escolher o que transmite..." Desculpe MFL? Importa-se de repetir?
Com carácter bondoso até aceito que a senhora tinha como objectivo explanar outra ideia. Mas que diabo, não terá uma potencial líder do governo, quadro do Banco de Portugal e economista de profissão, a obrigação de comunicar um pouco melhor? Cheira-me que à semelhança de muitos neste país, MFL só chegou onde chegou por "cunha", a senhora tirando a componente numérica da economia é tão fraquinha (mesmo assim melhor que Sócrates)!
Os números; Da performance deste governo na área da saúde.
Portugal surge em 26º lugar numa classificação dos sistemas de cuidados de saúde em 31 países europeus, divulgada em Bruxelas pela organização "Health Consumer Powerhouse", que sublinha o deficiente acesso aos tratamentos e tempo de espera.
Com um total de 507 pontos em 1000 possíveis no conjunto de 34 indicadores de desempenho divididos em seis categorias, Portugal é o quarto país da União Europeia com pior resultado, surgindo na lista apenas à frente de Roménia e Bulgária, da Croácia e Macedónia (dois países candidatos à adesão à UE) e da Letónia, última classificada numa lista liderada pela Holanda.
O 26º lugar atribuído a Portugal representa uma nova queda relativamente às hierarquias elaboradas nos anos anteriores, já que em 2006 Portugal surgia na 16ª posição e no ano passado no 19º posto.
(Texto anterior retirado de um portal de notícias)
Não será melhor repensar o sistema? Que tal reconverter e em vez de pagar a médicos, enfermeiros e pessoal administrativo, dar o dinheiro directamente ao paciente para ir “buscar” a saúde ao privado? Que tal partir deste conceito para desenhar um novo paradigma para o sector.
A imagem; Miguel Rendeiro a “pedir” nos jornais e televisões para que salvem o seu banco.
Os arrogantes da alta finança que durante anos constituíram os iluminados que só podiam conhecer o sucesso e nada mais que isso (pois eram o supra sumo da batata), estão agora de "mão estendida".
Numa sociedade de direita em que impere o mérito e a valorização das boas ideias, das boas condutas e do bom trabalho, O banco privado de Rendeiro (só para ricos), à falta de soluções no privado, ia à falência sem grande pena. Até porque, neste caso, os danos colaterais não afectem inocentes depositantes, mas sim "investidores financeiros" que conhecem os riscos (ou pelo menos deviam).