O facto; A China e as suas fraudes com a Melamina. Neste mês, estalou a segunda polémica do ano com este composto e naquela nação.
A Melamina é uma substância que contêm azoto.
Usando métodos de controlo da qualidade clássicos (Ex: Método Khejdal, determinação do azoto para indirectamente calcular o nível de proteico), a Melamina “alavanca” o teor proteico útil/nutritivo a valores que efectivamente não existem, atribuindo aos alimentos que a tenham um falso valor comercial, por exemplo, no leite é confundida com a caseína quando usado o método de controlo de qualidade referido (primeiro caso chinês em 2008).
Recentemente, a Melamina surge ligada à soja e seus múltiplos derivados alimentares. Neste caso, mantêm-se a perigosidade, contudo, parece ser consequência da aplicação selvagem de “pesticidas”. Aqui a aldrabice parece ser um 2 em 1. a soja chinesa vendida para ração de animais em França devia ser biológica, a presença de Melamina indicia a aplicação de pesticidas (proibidos em agricultura biológica). Segundo; Refeições prontas à base de soja, compradas em qualquer supermercado francês, também tinham Melamina em excesso, graças ao mesmo tipo de problema na origem (Soja chinesa com pesticidas).
A Melamina pode também ser naturalmente libertada por produtos que contenham resinas ou ser “produzida” por animais expostos prolongadamente a pesticidas. Graças à sua insolubilidade a toxicidade deste composto manifesta-se principalmente a nível renal, após ingestão de elevadas quantidades obstrõe e danifica o funcionamento renal, com a consequente insuficiência renal e eventual morte.
As ilações óbvias;
1-Técnico-Política; Parece óbvio que a China tal como está e tudo leva a querer que assim continuará, é mais um perigo que uma oportunidade para o desenvolvimento económico sustentado, ambientalmente consciente e humanamente responsável. Como tal, é imperioso que medidas políticas (na Europa e USA) protejam os demais habitantes destes espaços das aldrabices do “Oriente”. Só faz sentido o liberalismo (com reservas fortes na agricultura por razões de sustentabilidade territorial) se todos jogarmos com um conjunto de regras mínimas iguais.
2-Comercial; Neste momento, o consumidor felizmente começa a perceber que se é chinês então é pior. São os chineses que devem resolver o seu problema de falta de qualidade e consequente desconfiança do mercado.
3-Técnico-Legal; Os órgãos de fiscalização nacionais (ASAE, DGS, DGV) em vez de perderem horas e dias a “verificar” as ninharias menores dos pequenos negócios “dentro de portas" (facilmente descobertos, mais tarde ou mais cedo), deviam reforçar a inspecção ao que vem de “fora”, principalmente de economias “do vale tudo”, donde, em abono da verdade, sabemos pouco sobre modos de produção. Deveriam também reforçar os testes laboratoriais em quantidade de parâmetros e frequência a produtos alimentares das "economias emergentes".
4-Empresarial; Por vezes as empresas têm que ter a coragem de dizer aos clientes; -…Pois…é mais caro, é verdade, mas o produto é melhor em todos os aspectos, não é consequência da destruição da amazónia ou das aldrabices orientais…”, com isto não há renúncia ao capitalismo, mas tornamo-lo responsável, isto se os governos e políticos ajudarem com a execução do enumerado no ponto 1.
A frase; "...Não sou corrupto, o seu presidente é que é!...". Pedro Proença, árbitro do Boavista-U.Leiria do último domingo, quando interpelado no final do jogo pelo treinador do U.Leiria que reclamava um penalty mal assinalado contra si. Segundo ele e pelo que se diz no meio, fruto de uma cabala organizada pelos árbitros contra o seu clube, traduzida pela marcação, em 3 jornadas seguidas, de 3 penalty's contra.
Extraordinária tirada de Pedro Proença! Digo eu! Quando o treinador do U.Leiria se apresentou com insinuações ele rebate com factos.
Quando o treinador se questiona com a atitude dos árbitros, Pedro Proença aviva-lhe a memória! Lembrando que se há organização que recorreu a práticas no mínimo ilícitas é aquela para qual ele trabalha.
Mais, Pedro Proença ao dizer o que disse e sendo quem é - profissional do direito e das leis -, admite implicitamente que não fora a justiça anedótica deste país, o passado e actual/demissionário presidente do U.Leiria estaria bem pior, talvez na prisão.
Por último, Pedro Proença com esta atitude e com estas declarações, demarca-se efectivamente de árbitros corruptos e incompetentes (que os há a rodos) não admitindo insinuações sem fundamento, nem que seja confundido com árbitros da "esfera" do Porto. Por outro lado, demonstra como se reage à pressão de treinadores sem nível para futebol profissional.
O resto... demissão dos dirigentes do U.Leiria e consequente queixa-crime por difamação contra Pedro Proença, é atirar areia para os olhos do povo e querer confundir gente séria com pouco sérias. Aliás, não é à toa que o cidadão comum de Leiria ignora a organização em questão.