Visconde de Borba
Marcolino Sebo
Tinto Regional Alentejano
Colheita 2005
Trincadeira, Castelão, Aragonêz
Preço 3,89€ (Supermercado Plus)
Apresentação
Normal. Menções obrigatórias inscritas em vários tipos de letra, não favorece. Rolha, peça inteira de cortiça. Garrafa, Bordalesa castanha.
Prova
Aspecto- Violeta aberto, com toques de castanho. Limpo.
Nariz- Aromas de fermento. Após agitação ligeira, toques de frutos vermelhos maduros.
Boca- O seu forte. Corpo aceitável, acidez que lhe dá alguma longevidade no boca. Fácil de beber.
Relação Preço/Qualidade- Não é vinho para custar mais de 3 €. Avaliação Final Típico vinho de “Combate”, contudo, deveria ser mais barato. Escorrega bem, mas com fraco potencial aromático. Nota Final Visconde- Oitavo título nobiliárquico mais importante a seguir ao Imperador, Rei, Regente, Príncipe, Infante, Duque, Marquês, Conde, e Conde Barão. O primeiro visconde português foi D.Leonel de Lima no reinado de D.Afonso V (1448-1481). D. Afonso V o "Africano" e a nossa bandeira à altura, fundo branco como o escudo e coroa.
Hoje fui ao Portal IOL e sou confrontado com a Ibéria de Saramago!!!
Bela ideia... digna de verdadeiros escritores confusos e perdidos no seu caminho. Mas o que impede Saramago de ser Espanhol? Rigorosamente nada! As fronteiras estão escancaradas, é só sair para não mais voltar. O único português obrigado a ficar foi Eusébio no tempo do estado novo!
Actualmente, não há nada que prenda ninguém a este país, por isso, todos os Portugueses descontentes podem ser Espanhóis. Boa Viagem!
Eu próprio também quero trabalhar fora, mas na esperança de um dia voltar e melhorar aquilo que é um dos meus maiores orgulhos, a minha terra. Sou Português de corpo e alma, e como qualquer apaixonado vivo com Portugal uma relação de amor-ódio constante.
O verdadeiro problema de Saramago não é a preocupação com a qualidade de vida dos Lusitanos, mas sim, o seu descontentamento com o grau de reconhecimento que tem neste país. Mas paciência, todos temos que viver com as nossas não vitórias (que é diferente de uma derrota).
Por outro lado, fico triste que o livro "Ensaio sobre a Cegueira" tenha sido o rastilho do meu gosto pela leitura. Saramago não merece! Mas não sou como ele. Não renego as minhas origens, nem mesmos as literárias. Contudo evoluí, e já me é difícil ler as suas linhas, gosto de outros estilos, tentarei pelo menos aqueles que sinto que são de visita obrigatória pelo seu sucesso comercial, a saber, "Jangada de Pedra" e "Memorial do Convento".
Se calhar devemos todos relativizar Saramago, o homem está velho. Eu também, se tudo correr bem, vou ficar velho... e um pouco desiquilibrado, senil, e até quem sabe afectado pela cegueira do dinheiro.
Se tivesse poder duas coisas proporia;
1- Porque não convidar Espanha a ser uma região autónoma de Portugal?
2- Agora mais a sério...Mudar o nome da Escola Secundária de Mafra.
P.S: Bela resposta a do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado! Chamou-lhe ficção literária de Saramago. Em linguagem diplomática aconselhou José a dedicar-se exclusivamente à escrita.
Comentário publicado no "Portugal Diário" (IOL) sobre a notícia, Ibéria: Cenário de Ficção
1-A Imagem; No seguimento de um desabafo em directo na TV, o Ministro da Agricultura dizendo a um pescador desiludido com a UE... "se não está contente tem que pedir para sair da União Europeia"... e depois vira costas.
É caso para preguntar em que repartição dos nossos maravilhosos serviços públicos podemos ir entregar o documento de renúncia!!! E já agora qual é esse documento! Por favor Sr. Jaime Silva, volte lá para o seu tacho em Bruxelas e deixe Portugal para os verdadeiros Portugueses, para aqueles que não o vendem em troca de empregos.
Ainda pela Agricultura e pela UE, temos à porta a nova OCM para o sector do vinho. Pelo que tenho lido, que é pouco (para os cidadãos normais a informação comunitária não é fácil de obter e a que há é superficial), o projecto final de reforma parece razoável.
Primeiro, proibe a utilização de açucar na elaboração de vinhos.
Segundo, da brutal proposta inicial de arranque de vinha, passamos para cerca de metade.
Terceiro, acabam todas as ajudas à produção.
Quarto, pervê-se a liberalização do sector para 2013 (o fim dos direitos).
Contudo, não é razão para ficar excessivamente contente. É necessário esperar para ver, "preto no branco", o que vai ser modificado ao nível de práticas enológicas.
Será que vamos continuar a ter artigos como o 51º do Regulamento Nº1493/99?
Vamos continuar com limites de enriquecimento pornográficos nas zonas vitícolas A e B da UE ( Alemanha, França, Austria), ao mesmo tempo que queremos arranque nos países do sul da Europa?
Ao que Portugal diz respeito a linha de rumo deve ser:
-Rejeitar prémios ao arranque, logo, rejeitar a proposta de arranque em Portugal.
-Tomar a iniciativa e propor alterações mais restritivas às práticas culturais e enológicas que consequentemente influenciam a classificação dos vinhos (baixar rendimentos por hectare, aumentar TAVN mínimo das uvas para vinho, loteamentos mais restritos, marginalizar o enriquecimento).
-Em alternativa, aceitar o arranque em contrapartida da liberalização imediata do sector, desde que evidentemente sinalizados aqueles que aceitassem o premio ao arranque.
-Por último, defender e redirecionar apoios -com a devida regulamentação- à produção de vinhos DOC e de produtos de alta qualidade.
Mas verdade seja dita, para um liberal com eu, é com satisfação que vejo esta nova OCM do vinho, mais clara, reduzida, e que tenta "desproteger" um sector que por estar actualmente na situação oposta, premia quem faz mal, quem não inova, quem não tem capacidade de trabalho.
2- A figura do PPD/PSD; O que se passa com os homens e mulheres de direita deste país? Porque razão são ingolidos pela comunicação social?
Levado pelo ruído dos "sound bytes" de uma imprensa comandada pelo BE e PS, em vez de lutar contra julgamentos na praça pública e preocupar-se em governar melhor Lisboa, Marques Mendes procurou vitimas fáceis tirando em consequência o tapete a Carmona.
Na política há passos em falso que são mortais. Estava-se a ver o resultado deste. Quando se escolhe o caminho mais fácil é assim... Uma derrota merecida para quem não soube dizer logo que Carmona deveria continuar até ao fim do mandato, ou até ser considerado culpado nos casos judiciais sobre a sua pessoa. A ironia do destino? o povo não penalizou Carmona!!! Castigou quem usa, abusa, e depois quando não dá jeito deita fora como se fosse lixo.
Lição: Não escolher arguidos para candidatos a eleições é uma coisa, outra é promover a demissão de executivos porque há constituição de arguidos no seu seio. O primeiro princípio é óptimo, o segundo deve ser uma decisão dos visados e não das organizações que os apoiam... afinal as listas têm 17 vareadores pelo menos em Lisboa.
3-O Facto; De rir e chorar por mais... a prioridade da ASAE para este verão anunciada nas rádios na semana que passou, é hilariante. E ela é...Guerra aos vendedores de bolas de Berlim nas praias!!!
Concordo que os mesmos precisam de entrar definitivamente nas boas práticas de conservação e comercialização de produtos percecíveis, mas daí até tal exigência ser uma prioridade digna de anúncio na Antena 1, é gozar com quem paga impostos. E mais, demonstra a incapacidade da ASAE fazer inspecção/fiscalização a sério, a impreparação é tanta que é imperioso arranjar alvos fáceis e objectivos pouco ambiciosos. Gostava de ver a ASAE também noutros voos, e não na propaganda de baixa qualidade.
Monte da Cal
Tinto Regional Alentejano
Colheita 2004
Aragonês, Alfrocheiro, Alicante Bouschet
Preço 3,98€ (Jumbo)
Apresentação
Elegante e Correcta. Rotulagem conseguida, embora a indicação regional no rótulo esteja num cinzento quase imperceptível. Rolha, é um granulado que necessitou tensão excessiva para ser extraído. Garrafa bordalesa castanha.
Prova
Aspecto- Limpo, Rubi denso.
Nariz- Vínico forte, algo incompleto. Frutos maduros detectáveis, mas não sem esforço.
Boca- Sente-se, mas perde a sua presença rapidamente.
Relação Preço/Qualidade- Justa , mas podia ser mais barato.
Avaliação Final
Com um aspecto excelente, contudo recolocado nuns degraus abaixo com o decorrer da prova. Na minha opinião, um típico Alentejano de anos com muito calor e maturações bruscas.
Nota Final
13 Valores
Fronteira- Vila Portuguesa do Distrito de Portalegre, contudo sem fronteira com Espanha. É no seu conselho que se situa a Herdade da Cal. Em Fronteira vivem 3422 habitantes (dados 2004), a população diminuiu 9,2% desde 2001 até 2004. É uma de muitas vilas que o vinho ajuda a fazer parte do mapa de Portugal.