E que tal um amanhecer em Portugal sem Sócrates, sem o "apresentador" do seu livro "O menino de Oiro", sem Vítor Constâncio e com polícias, juízes, reguladores e procuradores a querer fazer o seu trabalho com rigor, zelo e alguma rapidez... Seria amanhecer com um sol radiante.
O sol num dia novo, visto do mar português na Madeira
1ª Nota: A revisitada proposta da criação de um novo imposto para reforçar o orçamento da União Europeia é seguramente uma bonita ideia federalista, mas inevitavelmente inaceitável. Principalmente por duas ordens de razões, a primeira porque seria um incremento nos impostos num país onde o défice se reduziu muito por culpa do aumento da carga fiscal em 3,5% (nos últimos 4 anos). A segunda razão, a mais terrível, é a evidência que os políticos portugueses nada mais têm para oferecer senão mais roubo e sede de poder (porque ter dinheiro dos impostos é ter poder!), em prol do seu bem estar e posição, amarrando o povo à dependência necrótica das instituições políticas aos mais diferentes níveis.
Como sou patriota e não federalista, para mim, o imposto europeu é de todo inaceitável também por questões de identidade nacional, só gosto de pagar impostos que revertam para as sociedades que proporcionam a minha retribuição.
2ªNota: O jornal Expresso num dos seus muitos fretes ao PS, fez mais uma primeira página de novidade nula e mediocridade máxima ( a de 30 Maio de 2009).
O Sr. Nicolau Santos, um cretino tendencioso, lança lama sobre o presidente da república tentando levantar "lebres" onde elas não existem, procurando explicações e exigindo respostas quando elas, por enquanto, não têm que ser dadas, nem do ponto de vista legal nem do político. Tentar relacionar a detenção de acções da SLN por parte de Cavaco Silva entre 2001 e 2003, com o escândalo BPN que rebenta com especial gravidade em 2008, graças à manifesta incompetência do Banco de Portugal, é intencional e tem objectivos politicamente ambiciosos.
Por outro lado, insinuar que o presidente, por ter estado ligado ao grupo SLN é suspeito de alguma coisa que não se sabe muito bem o que é, é uma análise grosseira e persecutória...típica dos pontas de lança do PS na comunicação social que gostam de ser vistos como isentos e rigorosos.
3ªNota: Este fim de semana, Manuela Ferreira Leite manifestou publicamente a sua não aceitação da instalação obrigatória de um dispositivo electrónico de matrícula em todos os equipamentos com motor, rodas e que andem em estradas. A política faz-se de posições de princípio abstractas em situações objectivas. Neste caso, a dela, é a favor da liberdade individual prevenido os exageros dum estado que, admitindo as suas falhas de fiscalização e regulação, quer arrepiar caminho atropelando os direitos básicos de um indivíduo, tudo isto em nome de um negócio e de mais controlo fácil/fascista sobre o cidadão honesto...Afinal para que serve a montanha de impostos que pagamos? Para isto não é preciso estado, só duas empresas, uma de informática e outra de segurança. Manuela Ferreira Leite, nesta matéria, coloca-se nitidamente ao lado dos valores de liberdade e respeito da privacidade, fico feliz por isso, pois o PPD/PSD ainda percebe o que são valores de direita. E não me venham comparar isto com a vídeo vigilância porque não é igual.
Restaurantes livram-se de multas da ASAE
Segurança alimentar. Falta de comprovativo do HACCP, só por si, não é punida
Restaurantes livram-se de multas da ASAE.
Os restaurantes portugueses deixarão de ser multados por incumprimento do chamado HACCP - um complicado código de procedimentos de segurança alimentar, conhecido como Análise de Perigos e Controlo dos Pontos Críticos - desde que cumpram as regras básicas de higiene e segurança. Segundo o DN apurou, as coimas oscilam entre os 500 e os 44 mil euros e deixarão de ser aplicadas aos restaurantes que empreguem até 50 trabalhadores.
Em causa estão obrigações como ter um caixote de lixo com pedal, um processo de controlo da temperatura e humidade da cozinha, bem como dos tempos mínimos de cozedura dos alimentos. Os autos de contra-ordenação continuarão a ser passados pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE), mas quando forem enviados para a Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica e Publicidade não darão lugar a multa, mas a simples admoestação. A alteração foi revelada no dia 5 pelo presidente daquela comissão, mas "não dispensará os restaurantes de cumprirem todos os outros requisitos gerais e específicos e higiene alimentar", disse a secretária-geral da associação do sector AHRESP, Ana Jacinto. O argumento da comissão é o de que não faz sentido multar, quando Bruxelas se prepara para aprovar uma proposta que isenta os pequenos restaurantes do HACCP. Fonte da ASAE disse que a admoestação não deixa de ser uma sanção, lembrando que as regras de higiene são para cumprir e que a lei se mantém em vigor.
http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1173944
Algumas considerações sobre esta notícia plasmada nas plataformas de informação/comunicação do Diário de Notícias (DN);
1º Aos receptores interessados sugere o fim imediato da obrigação da implementação do HACCP. É falso! O mínimo de precisão requeria às jornalistas frisar de modo contundente que tal facto está condicionado pela criação/alteração de regulamentação comunitária. Aliás, esta não novidade, é consequência de uma proposta oriunda do parlamento europeu que, em termos técnicos e práticos, nada vale sem alteração efectiva do documento mor; o Regulamento (CE) Nº852/2004.
2º Nunca houve a obrigação do caixote do lixo ter pedal, mas sim, “Os resíduos alimentares os subprodutos não comestíveis e os demais resíduos devem ser depositados em contentores que se possam fechar…devem ser de fabrico conveniente, ser mantidos em boas condições e ser fáceis de limpar e, sempre que necessário, desinfectar” (Alínea 1, Capítulo VI, Anexo II do Regulamento Nº852/2004). É evidente que qualquer consultor alimentar aconselha baldes de lixo com pedal por três ordens de razões; são mais higiénicos do ponto de vista de operacional, não são tão mais caros que os outros sem pedal (poupando-se nas vezes que não se lavam as mãos), e, não permitem dúvidas as mentes excessivamente zelosas dos funcionários da ASAE (digo zelosas para não dizer outra coisa!).
3º Em qualquer sistema preventivo de segurança alimentar o processo de controlo de temperatura é sempre inevitável. É de caras! Já o era antes da obrigatoriedade do HACCP, e será mesmo que este sistema “caia”. O que se poderá discutir é a necessidade de o registar, mas, deixar de o fazer, seria retirar o mínimo dos mínimos de credibilidade ao processo. Logo, ao anunciar que este deixa de ser obrigatório, o DN demonstra pouco interesse em se munir de conhecimentos mínimos numa matéria que requer seriedade. Venha o modelo dos 4 C’s, ou o das 5 chaves para a alimentação segura, ou ainda o Auto-Controlo antigo, haverá sempre processo de controlo de temperaturas, que diga-se, do ponto de vista prático, não custa nada!
4º Pensar que alguma vez o HACCP na restauração obriga ao controlo de humidade é ignorância ou má-fé, uma ou outra, não abona o DN e suas fontes.
5º Quanto aos tempos mínimos de cozedura, qualquer consultor alimentar que se intitule de razoável, nunca obriga ao estabelecimento de processos para tal controlar (na restauração tradicional). Simplesmente explica em formação (esta sim obrigatória), a razão do porquê de todos os alimentos deverem ser confeccionados de modo a atingirem 80/90 ºC no seu centro de gravidade. Até porque, se num restaurante me negassem um bife mal passado por causa do HACCP, apresentava reclamação por mau serviço e má implementação do referido sistema.
6º Diz-se ainda que a Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica em Publicidade -organismo que recebe contra-ordenações da ASAE e impõe multas -, não multará a falta de implementação de HACCP, pois Bruxelas prepara-se para aprovar proposta que isenta os pequenos restaurantes da sua implementação (segundo a AHRESP). Duas notas me saltam da mente. A- O não respeito da legislação comunitária por parte de entidades estatais, poderá acarretar multas para o estado português, logo poderão pagar todos este disparate. B- Ninguém pode garantir os exactos termos das alterações prometidas, se é que elas existirão, sim, porque a notícia dá a ideia que as mesmas são já para amanhã e já vamos em quase um ano de espera.
7º Não percebo o porquê do patronato da restauração querer dar passos atrás na segurança alimentar. No entanto, nenhuma das razões passa certamente pelo preço da implementação do HACCP, qualquer contrato competitivo com uma consultora, não passa dos 200-250€ por ano. Quanto a mim, o principal problema foi da ASAE, que ao belo estilo do governo de Sócrates, quis “construir” reputação à conta de pequenos empresários menos poderosos. O resto do pavor, é responsabilidade das empresas pouco sólidas de consultadoria alimentar que inventaram uma série de tarefas que sem sentido na pequena restauração tradicional mas criadoras de procura dos seus serviços.
8º A prometida conduta temporária da ASAE e sua Comissão de Coimas é um perigo! “Cai-se” numa situação de convite ao incumprimento e depois fica-se nas mãos do livre arbítrio dos funcionários públicos, i.e., zona cinzenta em que quem manda não é a lei mas o inspector. Todos sabemos que não é bom! Mais, tenho provas reais que a ASAE não deixou cair processos de contra-ordenação por alegado incumprimento da implementação dos princípios do sistema HACCP.
9º Por fim, acredito que a ASAE para não a alimentar mais a crise e o desemprego, faça diminuir a sua exigência de inspecção. Fazem bem em aligeirar porque eram zelosos ao extremo da ignorância. Espero que não seja demais! Também admito que dizer isto tal e qual, era impossível, logo, entra-se nestas derivas justificativas de aligeiramento na fiscalização que não fazem sentido!
Se a competência do governador do Banco de Portugal fosse proporcional à beleza do edifício desta instituição na capital da região da Madeira, então teríamos os cerca de 20.000€ mensais mais bem gastos pela república...caso este "se" fosse verdade, os "buracos" BPN e BPP não existiam.
Fim de tarde na baixa do Funchal com vista para o Banco de Portugal
Uma Vila menos "bilhete postal" e mais calma é o meu conselho para uma dose de cafeína em final de tarde. Como português continental vejo a Madeira como um dos nossos Jardins e não como a nação de Alberto J. Jardim. A ilha também é minha porque dela genuinamente gosto como parte não dispensável do território da república portuguesa (artigo 5º e 6º da Constituição) -Resposta pessoal à pergunta no capa do jornal Público de 15/05/2008-.
A simetria, arranjo e cor dos espaços surpreendem o português continental
O dia acaba algures entre Beja e Castro Verde
O dia começa algures entre Castro Verde e Almodôvar
Esteva em flor às portas de Ourique
O melhor do campo são coisas simples que evoluem ao ritmo constante das orgânicas naturalmente harmoniosas e ajustadas...como o passar das horas e das estações com os seus sinais incontornáveis.
As frases; Da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP)
Assino por baixo, pelo menos naquilo que percebo alguma coisa, a vinha e o vinho. Este ministro foi de facto muito mau! Curiosamente, ao contrário de 2004, o ministro descobriu agora um sector do vinho em contra-ciclo, i.e., a crescer em vendas e qualidade. Afinal, como se estava mesmo a ver à 4 anos, o excesso de vinho por consequência directa do excesso de vinha, não era um problema a resolver pelo abandono e o abdicar dos direitos de vinha (em troca de dinheiro).
As imagens; As melhores da Ovibeja...os animais!
As televisões infelizmente preferem sempre os políticos e nem sequer têm a consideração mínima de mostrar pelo menos uma cabeça de gado premiada! Especial responsabilidade para a vergonhosa RTP!
Belo reprodutor bovino
Um ovino campeão em 2009
Os números;
No campeonato do azeite estamos a milhas de Espanha e ao nível da Palestina! Interessante ver o esforço de uma empresa privada portuguesa que na Ovibeja patrocinou um pavilhão temático todo ele virado para a divulgação e promoção do Azeite como sumo de superior interesse, no Alentejo em particular, e para o país em geral. Porque a melhor procura começa sempre pela nossa casa, correctamente, é cá que se deve conquistar e manter os consumidores em quantidade e qualidade. Foi a ideia, na minha opinão conseguida, deste pavilhão. É preciso continuar!
Procurando o Alentejo profundo e austero, acham-se pequenas maravilhas urbanísticas de outros tempos. Os mouros estiveram aqui!
Portugal em Castro Verde é bonito e harmonioso.