Ricardo Espírito Santo Salgado (RESS), presidente do BES, veio esta terça-feira, pela segunda vez em muito pouco tempo, opinar acerca de assuntos que devia evitar. O distinto senhor debitou "tiradas" de cariz politico-económico sobre os investimentos públicos da grande monta, defendendo o seu arranque imediato, i.e., para ele, TGV e novo aeroporto de Lisboa...o mais depressa possível!
«É fundamental o novo aeroporto e o TGV para haver associação a regiões mais ricas de Espanha (Madrid e Catalunha)», acrescentou. Ricardo Salgado diz que é a favor de uma aceleração da integração ibérica. http://diario.iol.pt/economia/portugal-tgv-aeroporto-ricardo-salgado-bes/1078636-4058.html
Observações breves;
1º Se 24 horas depois, o presidente do Totta Santander veio defender o contrário, que interesses anti-patrióticos defende o presidente do BES? Ou será que o país só está bem quando estiver 100% na mão de consórcios bancários que incluam o BES?
2º RESS fala de aceleração da integração ibérica...Mas quem lhe disse que precisamos disso? Quem lhe disse que o conhecimento da visão BES é essencial para dirigir Portugal? Na minha modesta opinião devemos é fugir dela, o BES pelo vistos precisa de agradar a Espanha para crescer, o resto do país precisa de mais USA, UK, Japão, Canada, Médio Oriente, China e consumo interno impulsionado por melhores salários, i.e., deversificar. Aliás, RESS na ânsia de comboios de dinheiro para proveito próprio, esquece que para o aumento da nossa preponderância em Espanha, os dois projectos tropeçam um no outro, logo, é preciso congelar e estudar melhor as datas da execução de TGV e Aeroporto. E já agora, a brutal desaceleração económica para 2009 e 2010 não seriam sufucientes para congelar as mega-obras?
3º RESS defende ainda que Portugal deve centrar-se nos serviços, não acreditando que a nossa recuperação deva ser feita pela indústria ou agricultura. Não admira! No Sec.XXI estas actividades requerem mão-de-obra divergente dos 700€ dos brasileiros indiferenciados do turismo e restauração (tratados como carne para canhão). Por outro lado, o grande bolo da indústria e agricultura são negócios de lucros moderados e diluídos no tempo, pouco compatíveis com a necessidade de montanhas de lucro mais a gosto dos Call-Centers ou tarifários energéticos monopolistas do PSI-20.
4º Depois gostava que RESS me explicasse a amplitude de serviços que venderiamos com a sua teoria. É que nenhum patrão compra serviços a profissionais que não percebam nada do seu assunto. Se não se percebe da industria ou agricultura que não se tem, como venderiamos serviços verdadeiramente úteis para essas actividades?
5º Bem sei quando RESS fala em serviços fala maioritariamente em turismo. Coitado! Quem ele que enganar? Portugal como destino de férias é pouco mais que mediano, nunca será muito mais que isso se não tiver uma cultura baseada em valores de trabalho decorrentes da sua indústria e agricultura que depois sim, alavacam o mundo dos serviços através de interacções e dependências saudáveis. Quer RESS que Portugal seja a República Dominicana da Europa?
1ªNota: O grande tema da actualidade do país pseudo-intelectual é a ausência de programa eleitoral do PPD/PSD. À falta de não querer atacar o fracassado programa de Sócrates eleito em 2005 -em tempo de balanço era o mais natural-, os Media dão voz ao protesto pífio do PS sobre a referida ausência. Como deve ser, pois no final de Julho ninguém presta atenção a programas, o PPD/PSD deve apresentar o seu no final de Agosto quando as pessoas começam a acordar para a vida depois das férias do grosso da população.
2ªNota: Como infelizmente era de esperar, o Bastonário da Ordem dos Médicos, no primeiro comentário notório ao "desastre" que cegou 6 pacientes no Hospital de Santa Maria, destacou a possibilidade de um erro técnico que, a meu ver, tenta guiar a opinião pública para uma ideia de "desresponsabilização" dos médicos envolvidos. O senhor doutor Pedro Nunes rapidamente realçou a possibilidade de uma falha de esterilização do material. Não devia tê-lo feito. Por uma questão de verticalidade e humildade deveria ter posto todas as possibilidades em cima da mesa de igual forma, e mesmo que venha a ter razão, não fica bem querer passar a ideia que os médicos são sempre "inocentes". Em suma, o doutor Pedro Nunes em vez de dar o exemplo, optou pela mais tremenda vulgaridade, pouco condizente com as múltiplas médias de 19 valores dos estudantes de medicina.
1ªNota: Há dias, não pude deixar de reparar numa declaração de intenção, plasmada em discurso indirecto, nos jornais desportivos nacionais. A ser verdade, Carlos Queiroz decidiu convocar Liedson para a Selecção, esperando somente pelos jogos de Setembro ou Outubro para o efectivar. A concretizar-se, oxalá que não, nada mais será que o anúncio da actual estratégia de desenvolvimento do futebol 11 luso... Para quê formar jovens com valor futebolístico e humano quando pudemos resolver o problema com brasileiros que estão cá 6 anos? As pessoas com responsabilidades na federação têm que perceber que o conceito de clube aplicado à selecção é, e sempre foi errado, não se deve trocar a "Portugalidade" por uma perspectiva ténue de sucesso. Nada tenho contra Brasileiros que queiram ser portugueses de forma genuína, não é o caso de Liedson. Os primeiros podem e devem ir à Selecção, Liedson nunca!
2ªNota: Jorge Almeida, deputado do PS. Este digníssimo é autor do projecto-lei, já aprovado, segundo o qual não pode haver um teor superior a 1,4 gramas de sal por cada 100 de pão. Mas pergunta-se... Existe este tipo de pão "carregado de sal" a ser comercializado? E admitindo que existe qualquer coisa, as quantidades justificavam esta medida? Já agora, o que vem a seguir? As morcelas, chouriços e manteigas? Como há preguiça de continuar a sensibilizar e/ou inaptidão para encontrar outras soluções mais criativas, vai-se pela imposição de bons costumes "Pidescos" que inclusivé poderão por em causa a tipicidade de produtos do mundo rural e/ou não deixar o mercado funcionar. A lei é idiota. Já agora... vamos proibir a comercialização de tabaco?
3ªNota: Espero que as trapalhadas de um governo operacionalmente incompetente não perturbe a existência de um serviço vital à sociedade. Como tal, a ASAE deve corrigir o mais depressa possível os seus excessos e as falhas na sua construção orgânica. O PPD/PSD deve para isso contribuir, defendendo o essencial e ajudando a melhorar o que está mal. Tentar descredibilizar a ASAE é um erro fatal. Por isso, Manuela Ferreira Leite fez muito bem ao ser cautelosa e curta nos comentários sobre a inconstitucionalidade das actividades de polícia da dita autoridade.
Há 10 anos atrás, num primeiro olhar, provavelmente repararia na falta de vida consequência da ausência de humanos. Nada de mais errado! No Alentejo profundo, dos montes nas estradas secundárias, há manifestações de vida no seu estado puro e maravilhoso...logo nunca estamos sós.
Um dos favos de Vespas do monte. Vespas, o controlador de pragas natural.
Há patos novos, há coloridos contrastantes com 1 dia de idade.
A dona do monte.
O ciclo de vida das Oliveiras não pode parar.
A percentagem de positivas no exame final de Matemática do 9º ano aumentou 34,5% durante a legislatura, i.e., mais que dobrou dos 29,3% de 2005, chegando aos 63,8% em 2009. Para que o governo não seja acusado de ter o Ministério da Educação (ME) a fazer exames escandalosamente fáceis, e, para que não tenhamos a SPM (Sociedade Portuguesa de Matemática) a dizer que temos miúdos aprovados mas pouco mais que ignorantes, Proponho o seguinte;
A Elaboração de provas nacionais seja feita por um grupo técnico que englobe;
1- A SPM ou equivalente noutras disciplinas;
2- Uma representação dos professores que dão as disciplinas no terreno (escolhida por sindicatos);
3- Dar possibilidade às associações de pais de nomear representantes nesse grupo para que não se façam provas excessivamente fáceis ou difíceis, mas adaptadas ao que se deu durante o ano;
4- Os pedagógos do ME mas em menor número.
Isto é, numa frase... dividir responsabilidades para haver análises de resultados aceites e melhores para todos.
Aproveitando o considerável consenso exinstente na sociedade civil, o governo eleito em Setembro próximo deve alterar a lei eleitoral de modo a estar pronta para 2013. Essa alteração deveria centrar-se na redução do número de Deputados na Assembleia da República. Assim, como consequência final, na minha modesta visão, deveríamos ficar com o seguinte;
O artigo 148º da Constituição Portuguesa passa a ter a seguinte redacção; " A Assembleia da República tem um mínimo de 150 Deputados e um máximo 200, nos termos da lei eleitoral (redução objectiva de 30 lugares).
Razões para esta mudança;
1- Hoje por hoje, há efectivamente deputados que muito pouco fazem, logo, não participam no acto democrático e não justificam a despesa afecta ao seu lugar... a poupança era pelo menos de 1 milhão de euros ano (por baixo).
2- Actualmente, uma boa parte do trabalho técnico (usado com fins políticos), é feito por assessores, pelos gabinetes de estudos, ou profissionais especializados pagos pelos partidos e governo.
3-Haveria uma concentração em assuntos importantes e não uma tendência louca de legislar ou discutir sobre tudo o que mexe.
4- Ocorreria um obrigatório acréscimo de responsabilização da sociedade civil que forçosamente ocuparia um papel de proponente de alterações legais mais intenso, apresentando-as à Assembleia da República de forma ponderada e mais ligada à realidade de todos os dias.
1ª Nota: Ele perdeu noites a pensar nos trabalhadores das pirites Alentejanas! Ele é o Pinho da dupla Pinho e Lino de Chavez ! Quem acredita nas noites perdidas? Só mesmo os Tótós. Já agora, como correm pelos dias de hoje os negócios pomposamente apresentados, também por Manuel Pinho, com o nosso parceiro democrático venezuelano?
2ªNota: Ele, Manuel Pinho, "safou" (palavra dele) 200 a 300 empregos nas pirites! Pois é, um bom técnico, como alguns dizem que ele é, pelo menos deveria saber contar, até agora parece que foram cerca de 130 no máximo, e, os mais rigorosos, dizem até que se ficaram pelos 30 a 40. Falta verdade e rigor a este governo, Pinho não é excepção.
3ªNota: Ele, Manuel Pinho, sentiu-se insultado com um comentário "em off" de um deputado do PCP, aquando do debate do "Estado da Nação" no parlamento. Então o Sr. Ministro da Economia vai oferecer cheques da EDP à colectividade desportiva de Aljustrel e depois não quer levar "picadas"? Fazia esta oferenda parte do esquisito e escusado negócio de salvação das pirites? Hoje, percebe-se que a negociata com a Martifer não foi mais que um foguetório político com objectivos de marketing sem nenhum conteúdo ou profundidade económica.
4ªNota; Por fim, a qualidade de governação de Manuel Pinho traduz-se pelo seu gesto de ontem na assembleia da república. Não valeu a ponta de dois cornos! E não venham com a questão da aposta feita na energia solar...É tão de caras que apostar nela em Portugal era uma evidência. A questão da solar não é tanto a decisão de aposta, mas mais a estratégia dessa aposta, e isso é para ir vendo na inteligência de concretização, seja com PS ou PSD.