O Alentejo dos primeiros dias chuvosos deste Janeiro, não era bem uma praia mas mais uma poça descontinua e gigante.
Curiosamente, na mesma altura em que alguém do governo fazia figura de palhaço presente, falando em Lisboa, de Lisboa como futura praia de Madrid -defendendo o indefensável-, a poça a sul ia crescendo para felicidade de quem precisa do seu conteúdo. Por ironia do destino, quem necessita são os empresários da Agricultura em geral e do negócio da palha em particular -aqueles que ao mesmo tempo eram também satirizados pelo palhaço acima referido-.
Não deixa de ser curioso, se olhar e reparar, que entre o discurso político de Lisboa e a realidade do Alentejo, pode escolher celebrar a confirmação do lançamento do TGV ou as preciosas chuvas de Janeiro. Para inteligentes a escolha é óbvia.
Nota: Gostava de fazer uma sequência de perguntas "género carta aberta" ao Ministro das Obras Públicas António Mendonça (ainda sobre as suas tolas declarações)! Como vai alavancar as virtudes TGV através das potencialidades do Surf nas praias de Lisboa? Conhece muitos "regular surfers" a viver em Madrid? Já reparou que Madrid não tem praias, logo, não deverá ter muitos "surfers" ? Como é que você chegou a professor universitário? Conhece a expressão "mais vale estar calado que dizer disparates"? Se gosta tanto de praias de Espanha, porque não vai viver para Marbella (não volte)?...Sinceramente!
Porque os nossos hábitos de consumo contam mais que as lérias macroeconómicas dos nossos políticos, hoje trago um exemplo de como consumir “Made in Portugal” vale bem mais que o que se julga.
O exemplo é o da Danone. A multi-nacional vai aumentar e inovar na sua capacidade produtiva instalada, de iogurtes líquidos, em Castelo Branco. Qual a razão? Gostamos (compramos) muito deste produto fazendo “benchmarking” para o segmento em questão.
Posto isto, dois "statements" me ocorrem, uma de carácter social e outro político;
1- Mesmo que agindo em desconhecimento, a compra em massa por Portugueses de um iogurte feito em Portugal, levou o seu produtor (Franceses de origem), no momento de voltar a investir, fazê-lo novamente cá. Por isso, é tão importante tentar, no medida do razoável, consumir nacional - quando a qualidade é inegável e o preço acessível -. Detesto a atitude muito nossa de, por 5 ou 10 Cêntimos, comprar-se sempre Espanhol. Agir assim é ter vistas curtas, não fazendo a correcta integração do custo social – o custo social é pago por todos -.
2- Por outro lado, esta decisão da Danone mostra como a economia real se sobrepõe em larga escala às medidas intervencionistas de “cadeirão” de São Bento. São sempre as componentes exclusivamente empresariais que mais valem. Só depois vêm as outras, em que o estado central tem o seu papel dominante, devendo ter sobre elas visão abrangente, correcta e eficaz - matérias fiscais, sociais, judiciais e de regulação -. O estado tem importância secundária para o sucesso económico, mas é essencial para que haja economia. É na percepção incorrecta deste equilíbrio, que Portugal sistematicamente tropeça no Capitalismo de Estado que é senão a via mais recente da política de esquerda no Século XXI. Os Portugueses na sua maioria são ignorantes e/ou medricas…Logo, são sociologicamente esquerdistas e dados a regimes pouco democráticos, quase ou totalmente ditatoriais.
(excerto de notícia do Jornal "Sol" algures em Janeiro de 2010)
Depois da anunciada "morte lenta" de Portugal -pelas agências de"rating" internacionais-, eis mais um contributo de uma certa esquerda, que à semelhança de outras, embora por motivos diferentes, enterram o país desde 1974. É oficial! Manuel Alegre está de volta! Vai novamente tentar ser Presidente da República.
Parece-me bem, até porque a um político da muita palavra e poucos actos meritórios a bem do povo, o lugar cabia-lhe na perfeição! Vamos ver se o único deslize de Cavaco (com o caso das escutas) lhe chega para ser eleito.
O meu voto...é evidentemente para o adversário Cavaco! Sem reservas mas com algumas distâncias ideológicas.
Sobre o poeta Manuel, é simples, do senhor só invejo a idade alcançada com saúde e vitalidade que demonstra. Quanto ao mais, se Alegre estava farto de escrever podia ter-se dedicado a jogos florais, eu sei, daí não vinham as "viagens e mordomias públicas" pagas por todos nós.
1ªNota: Em Portugal, as violentas provocações Palestinianas a Israelitas só são conhecidas quando a resposta determinada do povo Judeu é ecoada na tendenciosa e anti-semita comunicação social. O mesmo aconteceu esta semana. Só se soube das primeiras acções ameaçadoras do Hamas quando se decidiu noticiar as consequências da resposta de Israel. Desejava que a comunicação social nacional empregasse mais tempo a este tema para assim acompanhar cuidadosamente a história das “coisas”.
2ªNota: E não é que depois de Obama ter ido à Noruega receber o Nobel da Paz, por obra de um destino “lixado”, virou verdadeiro homem de guerra fazendo discursos à Bush!? Onde estão os “opinadores” nacionais a condenar este virar de agulhas? Alguém percebeu que o presidente dos E.U.A. admitiu estar em guerra com parte do mundo islâmico? À medida que os “esquerdistas” cá do burgo se desiludem silenciosamente, vou eu reconhecendo a verdadeira América no Homem. Como gracejo ao lembrar-me do célebre discurso do Egipto… boas folhas com escrito para usar no WC.
Veteran's Day Parade, 5th Avenue NY (11/2009)
3ª Nota: Na ditadura de esquerda Angolana, à semelhança Soviética, quiseram dar uma falsa imagem de paz total e unidade nacional. Assim, englobaram Cabinda no CAN09. O resultado está à vista! O atentado “CAN/Cabinda/Togo” expõe aquilo que o regime menos queria e envergonha o povo Angolano. Quem também não deve ter achado graça nenhuma foi a Africa do Sul, não vá a FIFA lembrar-se de obrigar a reforço de segurança (logo mais dinheiro!) para evitar o efeito “copycat” no mundial do verão.
Quem não se lembra das eleições autárquicas em Lisboa de Outubro passado? Recordam-se do slogan dominante da campanha de António Costa e sua coligação? Não?! Então vamos lá;
"...Pusemos as contas em ordem..."
Para quem legitimamente não acredita ou sofre de amnésia, aqui vai um excerto de entrevista "eleitoral" ao referido senhor;
Garante que vai sanear financeiramente o município. Acredita que é possível?
A diferença entre nós é que Santana conduziu as finanças da Câmara ao descalabro, duplicou o passivo e a dívida a fornecedores quadruplicou. Nestes dois anos diminuímos o passivo e a dívida a fornecedores e pusemos as contas em ordem. E, como os números estão certificados pelo Tribunal de Contas, quando Santana Lopes fala deles é através de uma fantasia que lhe agrada. Está enganado quando julga que fez certas obras e que houve dívidas que não são suas, pois as obras de que fala, em regra, não as fez e das dívidas de que não fala, em regra, fez. Não é por acaso que tenho dito que Santana Lopes tem um problema grave com a realidade.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1384945&seccao=Sul
Intrigante foi a notícia do "Sol" -não desmentida- do passado dia 24 de Dezembro. Aqui vão os principais recortes;
Deste pequeno "flashback" e posterior comparação com a realidade actual, concluímos que no imaginário de actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa é possível dizer que se metem contas em ordem sem saber a quem se deve.
De facto, se a mentira e incompetência pagassem imposto Portugal não tinha défice público. Provavelmente, também por este tipo de coisas, António Costa acha que carácter e honorabilidade de políticos não devem ser discutidos em praça pública! Obrigado...
Igualmente grave, vendo a sequência na prespectiva favorável ao visado (assumindo que tomou um número seguro por excesso), é ter-se feito combate político "com dívida camarária" de existência não confirmada. Eu sei, é novamente questão de honra...tema sujeito a subjectividade pessoal.
Ainda pelas questões de carácter, curioso verificar, no fragamento de entrevista acima colocado, que o actual "presidente de Lisboa" mente sobre a sua obra ao mesmo tempo que chama mentiroso "de forma politicamente correcta" (claro!) ao seu concorrente da altura. É o grau zero de credibilidade dos políticos, somente competentes, se estivermos desatentos!