O meu caro amigo David Carvalho foi a Londres em finais de 2009. Da experiência em terras cinzentas de sua majestade, envio-me três fotografias. Escolhi a seguinte para "post" pois parece retratar algo muito Português dos dias de hoje.
O nosso país está em "roda livre". Precisamente por isso, David Carvalho não resistiu, cedendo ao seu consciente reprimido, gravou para a posterioridade, de forma metafórica, o reflexo do Portugal até agora construído.
Os leitores/amigos deste blog, sempre que queiram, poderão enviar-me fotos das suas viagens. Fica o compromisso de as publicar todas, desde que venham devidamente identificadas.
1ªNota: A revista "Visão" na sua edição mais recente, levou à prática uma boa ideia. Oferece 0,50€ do preço de cada exemplar vendido para o apoio às vítimas da catástrofe da Madeira.
Num óbvio dois em um, fiquei feliz por um dos meus hábitos/vícios, bastante caro por sinal, possa ser parcialmente traduzido em algo de bom para apoiar os desafortunados daquela ilha maravilhosa. Obviamente comprei a "Visão" esta semana! Informei-me como habitual ajudei como era meu dever moral.
Quanto ao conteúdo do "Especial Madeira" é interessante, bem redigido e levanta as questões que devem ser discutidas, sem medos, hipocrisia ou sensacionalismo. É um bom trabalho merecendo ser lido e comprado por boas razões a dobrar.
Só fica uma pequena chamada de atenção aos directores da "Visão". Ainda não consegui descobrir no interior da revista (Se calhar o erro é meu! Se assim for peço desculpa), a informação de como a minha ajuda de 0,50€ vai ser canalizada, gerida, aplicada e quem são os intervenientes.
2ª Nota: Ainda pela mesma revista, sou confrontado com 3 perguntas feitas ao Bastonário da Ordem dos Engenheiros cessante, o Eng. Fernando Santo.
À pergunta qual deveria ser a primeira medida do seu sucessor, Fernando Santo responde em duas frentes. Destaco a que me diz directamente respeito, i.e., segundo ele, o próximo Bastonário deve, desde logo, apoiar uma petição defendendo que os Engenheiros licenciados pré-reforma Bolonha, com 5 anos de formação, passem a ser equiparados a Mestres (grau académico).
Diria que a exigência é muito justa. Por sê-la deve impor-se ao carácter oportunístico do negócio indecente que as universidades viram numa das falhas operacionais da referida reforma. As razões são simples, vejamos;
A) Os Engenheiros que "tiraram" uma licenciatura de 5 anos, nos 10 a 15 anos anteriores à "reforma de Bolonha", estão em desvantagem, isto porque, no mercado de trabalho, a valorização do "Pré-Bolonha" já hoje é relativa e difícil de determinar. Quanto mais daqui a um par de anos.
2) Por outro lado, actualmente, para ser-se detentor do grau de Mestre gasta-se o tempo e esforço intelectual que num passado recente Engenheiros dispensaram param serem simples licenciados -pelos menos na minha Agronomia-. Além do mais, nos actuais dois ciclos universitários dos cursos de Engenharia -o primeiro de bacherlato 3 anos e o segundo de mestrado 2 anos-, não se aprende mais, nem em qualidade e/ou quantidade, do que se aprendia num ciclo de 5 anos licenciatura conseguido há, por exemplo, 8 anos.
Posto isto, esta pretendida petição é muito mais que uma luta corporativa. É colocar dentro da corporação todos ao mesmo nível sem qualquer tipo de prejuízo para terceiros (não Engenheiros).
Recuso que as actuais imagens da Madeira se instalem definitivamente na minha memória, vejo-as como passageiras, serão reduzidas a arquivo histórico na medida proporcional do avanço reconstrutivo deste belo pedaço do meu país.
Estou duplamente triste porque da Madeira tenho óptimas recordações, ainda que tenham sido consequência de estadias profissionais. Como tal, cada morte anunciada resultante das chuvas diluvianas da madrugada de Sábado, lembra-me a forma simpática e cordial como lá fui tratado.
Isto é o "meu" Funchal às 7 da manhã. Daqui a uns meses, quando voltar de férias, tenho a certeza que estará tão o ou mais bonito. Talvez ainda em 2010, optando pelo turismo do "vá para fora cá dentro", irei contribuir, em perspectiva económica, para o bem-estar dos desafortunados da presente catástrofe. Até lá, como está acontecer, espero das entidades oficiais nacionais e regionais uma resposta à altura.
A frase; "ser livre é sempre um problema" (Paula Teixeira da Cruz no Grémio Literário, em LX, na apresentação do livro de Mario Crespo, 11 de Fevereiro 2010).
Diria mesmo que num país pequeno, ignorante e normalizado é mesmo um grande problema, pois, nos passos trocados da nossa vida, não pudemos dizer "..largo tudo e vou para California...". O máximo que pudemos almejar é uma terrinha recondida no interior onde nada acontece correndo-se o risco de morrer à fome. Mesmo assim ficamos muito perto dos idiotas de Lisboa e Porto. Portanto, resta a emigração! Quem não tiver grande espírito de emigrante então tem como tarefa a quadratura do círculo!
Portugal precisa mesmo de mudar, desta vez o impulso tem que emanar da sociedade civil que não tenha medo de perder a "rede de segurança" do estado central.
O número: 0,0 (zero vírgula zero), pois é, a estimativa rápida do INE para o crescimento do PIB, em cadeia, no 4º trimestre de 2009, é 0,0%.
Ora cá está uma notícia a que o actual governo não se pode agarrar, salvando assim 15 dias horríveis a todos os níveis. E isto não é jornalismo (ou bloguismo) de fechadura, são números duros, reveladores e absolutamente oficiais.
Más leituras economicas e sociais, má preparação, condutas reprováveis e erradas opções dos nossos líderes dão nisto.
A Imagem: A capa da Sport Ilustrated "2010 Swimsuit".
A boa notícia desta sexta-feira refere-se ao facto do número anual em questão, ter incluído Lisboa e arredores na sua produção fotográfica -em que participam meninas corporalmente fabulosas-. Assim, com sorte, alguns milhões de leitores perguntarão que povo é aquele com paisagens tão explendorosas de um passado rústico e aventureiro? Oxalá ganhem impulso para nos visitar, queira o destino que não se desiludam com os "tugas" (nome horrível!) do presente.
O Ministro das Finanças Teixeira dos Santos, certamente um dos "homens de confiança do Porto" a que destacáveis Socialistas se referem nas escutas publicadas na imprensa, vem hoje, em palco sonoro, público e de acesso genérico, vangloriar-se da venda em mercado financeiro internacional de "Portugal's 10-Year Bonds". O oferecido (ou comprado, dependendo da perspectiva) foi aceite em menos de 1 hora! Logo, no Parlamento, quase em "just in time", tal usou como arma retórica.
É incrível como o senhor em questão é rasteiro, previsível, miserável, pouco sério, irresponsável e de memórias curtas. Porquê? Vejamos;
1- Esqueceu-se da semana passada? É que há 7 dias "tentou vender" 500 milhões de euros em títulos de dívida do tesouro (vencimento a 1 ano) e o mercado só lhe comprou 300! Já não se lembra? Por acaso divulgou esse fracasso com mesma vivacidade?
2- Portugal só ainda consegue vender dívida porque os investidores sabem que a União Europeia, por agora, ainda nos safa (isso é admitido quando em discurso oficial, Trichet, não junta a estucada final à primeira de Almunia! Mas o aviso sério ficou e isso ninguém nega!)
3- Teixeira dos Santos também não diz que o sucesso da operação de hoje é feita à custa de taxas de juro recorde (4,7%). É irresponsável e enganador para com o povo! Fala do facilitismo da Madeira mas depois festeja o que deveria ser motivo de preocupação profunda!!
4- No mundo civilizado é difícil encontrar alguém, no seu prefeito juízo, a usar como trunfo político os sucessivos pedidos de empréstimos para pagar dívida estéril. É altamente miserável e anti-patriota para um estadista e de uma burrice extrema para um político. Especialmente num país à beira do fim de duas décadas de fracasso nas quais Teixeira dos Santos, foi, e é protagonista. Estão a ver Obama a fazer vitórias políticas de dívida vendida a chineses?
5- Num espaço de 7 dias, como consegue Teixeira dos Santos conjugar declarações tão difusas sobre os mercados financeiros? Então "eles" passaram de vorazes e irracionais capitalistas para "tipos" lúcidos, tolerantes e sábios? Aceitar comprar dívida nacional a 10 anos alterou assim tanto os humores do nosso ministro ao ponto de celebrar as acções de pessoas anteriormente tão desprezíveis?
Nota final: Já agora convinha que alguém explique o que são e representam para a nação, na óptica do Partido Socialista, "Os homens de confiança do Porto".
Constâncio defende aumento de impostos indirectos
Crescimento económico «deverá ser fraco» nos próximos anos
http://www.tvi24.iol.pt/comentarios/3/economia/portugal-constancio-bdp-impostos-defice-orcamento/1136070-1730.html
O meu comentário publicado na mesma plataforma:
É inacreditável como este senhor tem a coragem de sugerir que, mais uma vez, sejam os trabalhadores e empresários do sector privado a pagar maioritariamente a crise. Vergonhoso! Sempre as mesmas soluções. No fundo os verdadeiros ladrões deste país estão no funcionalismo público de que também é exemplo o Banco de Portugal.
Hoje, na TV, fui assaltado por mais um lançamento de primeira pedra! Desta vez o poder corrupto foi "à minha" zona de Belém lançar a construção do novo Museu dos Coches!
Nos discursos adjacentes, um tal de José Sócrates, falou de Arquitectura, da sua importância para as cidades (a boa é claro!) e como vem ele de uma família de Arquitectos. Assim, da maneira como estava "enchendo" a boca, pensei que lá para as Beiras haveria obras assinadas por ele, em termos de bom gosto e/ou inovação, parecidas com a parcialmente retratada na foto seguinte.
A verdadeira "lata" com que este idiota, fdp, corrupto e débil mental fala de Arquitectura em cerimónias televisonadas, reflecte bem a irresponsabilidade, incompetência e cara de pau a que nos habituamos sem estranhar...Portugal está doente, tem câncro. Sócrates e seu grupo é uma das metásteses. A maior é a forma como aceitamos, sem pestanejar, este tipo de discursos. Pela minha parte lutarei contra isto até morrer, mesmo que me custe dinheiro, saúde e amigos.
P.S.: Força Mário Crespo, a tua força são as audiências e competência do jornal que apresentas.