O número: As despesas em remunerações certas e permanentes no Estado, aumentou 1,5% em variação homóloga quando comparados os primeiros semestres de 2009 e 2010 (fonte: Ministério das Finanças).
Neste país as coisas são simples, o que o governo corta em sede de IRS a todos -1% ou 1,5% consoante os ordenados-, dá aos funcionários públicos ou equiparados. É este o esforço nacional e de todos os cidadãos que falavam o sapateiro Teixeira dos Santos e o mafioso José Sócrates? Deve ser! Não percebo como se corta, por decreto, no ordenado dos privados para que tal activo contribua para aumentar ordenados na função pública.
O acontecimento: No parlamento, os deputados do PS, BE e PCP rejeitaram a proposta de duas deputadas Socialistas para diminuir os feriados nacionais e acabar com as pontes.
Olha que novidade! Mas alguma vez o PS, BE, e PCP defenderam quem verdadeiramente quer trabalhar e viver do seu mérito? Evidentemente que sim, em todas as situações! Eu é que sou um verdadeiro atrasado mental ao pensar o contrário! Afinal eles querem é os banqueiros a pagar mais e 'nós' a pagar menos. Deve ser!
A frase; "(...)Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento sustentável, incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e com o envolvimento e participação dos cidadãos: (...)b) Ordenar e promover o ordenamento do território, tendo em vista uma correcta localização das actividades, um equilibrado desenvolvimento sócio-económico e a valorização da paisagem; (...)" (alínea b, ponto 2 do artigo 66º da Constituição da República Portuguesa).
Perguntas de um ignorante pragmático: Quem é que no Estado respeita minimamente isto? Os autarcas? O Estado central? Conhecerão os "players" políticos a nossa lei fundamental? Tão importante como rever a constituição será ler a actual versão e perceber onde estamos a incumprí-la perigosamente . Mas isso os políticos actuais não querem fazer. Forçosamente atiraria o debate para questões perigosas. Pedro Passos Coelho e o PPD/PSD, teriam ainda mais a ganhar, se juntamente com a proposta de revisão, tivessem juntado um manifesto de actuais articulados essenciais, que por serem sistematicamente violados, atacam o interesse nacional.
Eu percebo, também há algum esterco no PPD/PSD que seria 'apanhado' neste atrevimento... mas por mim valeria a pena...em nome do interesse nacional e do liberalismo consciente e equilibrado.
1ªNota: Isaltino Morais é claramente culpado e deve pagar pelos seus actos fora da lei! Sem grandes rodeios ou delicadezas formais, os tribunais de Sintra e da relação de Lisboa isso decidiram em 2009, e agora, em Julho de 2010.
Segundo relatos da imprensa com acesso aos veredictos, a justiça reconheceu que Isaltino 'desviou' do fisco 463.368,12 Euros, e, favoreceu ilicitamente um empreiteiro em troca de 20.000 Euros. Até novo recurso, da decisão do primeiro recurso, o mais recente inocente condenado da nossa justiça, Isaltino Morais, é considerado culpado dos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, e, até ver, escapa da condenação por corrupção (e perda de mandato) graças a erro processual que obriga a repetição de parte do julgamento na primeira instância -sempre o persistente vírus da incompetência do funcionário público a borrar o trabalho desenvolvido-.
Fica agora claro como água o porquê do PPD/PSD ter tirado a toalha a este senhor sem qualquer pena ou mágoa, borrifando-se para a presunção de inocência, tratando-o logo como culpado. A partir daí, para as autarquias, o partido passou para a tolerância -1.
2ªNota: De há 4 ou 5 anos para cá venho desconsiderando Isaltino Morais. A pouco e pouco, deixou de ser o autarca de referência para passar a ser o político-trolha que reduzia o crescimento de Oeiras ao betão. Ainda o faz! Não percebendo que esse modelo acabou, devendo passar-se para outro mais integrado e eficiente que focalize os recursos do erário público em áreas problemáticas do novo século.
Curiosamente, a aposta do betão ficou à porta das escolas primárias do concelho. Conheço muitas (visitei quase todas em 2009) e são dignas da América do Sul. Enfim, interessa é o betão que dá dinheiro!
Nos dias de hoje, à desconsideração política, junto o desprezo cívico por Isaltino, perdeu totalmente a verticalidade exigida para desempenhar cargos públicos. Em primeira instância ainda lhe dei um curto desconto, agora, com segunda condenação, nada mais se exige que a sua demissão. Não percebo o adormecimento dos cidadãos de Oeiras. Parece-me deprimente o argumento do "...é corrupto mas faz...", tal como é repugnante o seu apego ao poder. Decepcionante é o facto da comunicação social, de 'mansinho', lateralizar o assunto.
Gostava também que este caso fosse o princípio de uma nova era de eficiência na justiça quando do lado dos réus estão políticos, e não, mais um caso isolado, que acontece de quando a quando, estilo é um 'enjaulado' para dez passarem impunes.
3ªNota: Entretanto, mais um mega projecto de betão se prepara para a zona do Dafundo/Cruz Quebrada com o beneplácito deste senhor. Uma zona certamente a necessitar requalificação mas com fórmulas do século XXI e não com duras e betuminosas receitas Cavaquistas de 1988 que nem já Cavaco Silva defende. Já para não falar das duas marinas previstas, com 500 metros de distância uma da outra, que o falido povo de área metropolitana de Lisboa irá ter na referida zona -à luz do projecto mencionado e do relativo à renovação da Docapesca-.
De repente, desde há 5 meses, a suposta elite política reformada e/ou que manobra constantemente nos bastidores, por pessoas diversas e mais recentemente por Jorge Sampaio e Daniel Proença de Carvalho, vêm propor um governo 'quase' de salvação nacional que se traduza no Bloco Central.
Pois é, os que durante 6 anos apoiaram fortemente Sócrates e seus cabecilhas, propõem que lá continuem os mesmos incompetentes. Só que agora com ajuda de outros, vindos para ser parceiros de fardo alheio e máscaras ou marionetas ao serviço dos verdadeiros responsáveis do estado calamitoso nacional.
A consequência óbvia desta proposta seria o desaparecimento do único vestígio de democracia em Portugal, isto é, escolher com o voto! O que isso interessa para pessoas como o ex-presidente Sampaio ou o Advogado dos poderosos como Proença de Carvalho? Nada evidentemente! Eles também precisam lavar a face e estão dispostos a tudo para o conseguir. O que mais choca é a proposta não ser feita em tom de brincadeira como o de Manuela Ferreira Leite quando 'propôs' a suspensão da democracia por 6 meses.
Felizmente, alguém na direita já os mandou 'passear'. Parece que vai haver accountability dos últimos anos de governação. Para 2011 está marcado o balanço.
1ªNota: Portugal foi afastado pela melhor selecção de Europa e do Planeta, infelizmente é a Espanha!
2ªNota: Portugal, embora sem grande alma e/ou química entre jogadores, teve uma prestação dentro do previsto, sem fracasso ou sucesso de assinalar!
3ªNota: As más políticas internas ao nível do futebol, nos últimos 10 anos, estão, e vão agora sentir-se com maior intensidade, Portugal, para a selecção, tem um leque de jogadores de classe mundial muito reduzido. Como a maiorira dos nossos melhores jogadores não são conhecidos pela capacidade táctica e inteligência no jogo, vamos ter um problema interessante de ver alguém resolver.
4ªNota: A Africa do Sul está de Parabéns! A organização deu a conhecer um país com capacidade para responder às exigências solicitadas. Além disso tem uma comunidade lusitana que só merece elogios pelo apoio que deu à nossa equipa.
5ªNota: Cristiano Ronaldo, no Mundial, foi pouco mais que zero! Parece-me que está apostado em seguir um estilo de vida que tem como referencial uma versão Beckham de segunda categoria. Não lhe vejo capacidade para outra coisa que não seja dar chutos na bola. Mesmo assim, parece incapaz de perceber um esquema táctico decorrente duma estratégia que enquadre o seu valor individual num objectivo colectivo de futebol total e moderno (ataque, defesa e transições rápidas)! Não é um jogador inteligente, até hoje não percebeu que há várias formas de ganhar. É pena!
6ªNota: Carlos Queiroz! Cumpriu sem conseguir “entregar” aquele extra –chegar aos Quartos de Final-. Não foi feliz em 2 ou 3 nomes na convocatória. Além disso é um tipo com azar nos momentos chave, mais uma vez, não teve sorte com os jogadores à disposição, estavam em má forma, ou lesionados, ou simplesmente não existem porque Scolari não os lançou durante 6 anos. Com estas limitações, “apanhar” com Brasil, Espanha e Costa do Marfim…é muita adversidade! O maior pecado que lhe aponto é o de, em 2 anos, não ser vista renovação de ideias e conceitos no futebol das selecções. Continuou com a política dos brasileiros vergonhosamente naturalizados sem pingo de amor ao país –como isso conta para as questões de alma!-. Por último, é daqueles que não resiste a dizer disparates na comunicação social, só por isso, quase que está sem condições para continuar como seleccionador. Decisão complicada para quem manda.
7ªNota: Destaques pela positiva: Eduardo, Coentrão e Ricardo Carvalho. Destaques pela negativa: Deco, Cristiano Ronaldo e Liedson. Todos os outros merecem satisfaz.
How much is enough?
Esta é a pergunta obrigatória à qual a esquerda de 'direita', de centro ou da extrema, deve responder. Quanto é que os cidadãos do nosso país deve entregar direitinho ao seu estado para que o mesmo seja reconhecido como social - O que lá isso for para eles-?
Outra pergunta pertinente à "esquerdalha" nacional é a seguinte; Considerando a qualidade do serviço prestado pelo nosso estado social, é a actual carga fiscal justa e intelectualmente honesta?
Defendo uma saúde universal, desde que rigorosamente controlados custos e profissionais do sector. Contudo, em tudo o resto temos de cortar onde se puder, dar somente aquilo que se tem, e, porque não, apostar no aprofundamento da privatização na educação. Por outro lado, nas aposentações, fazer aquilo que há muito defendo, deixar cair a solidariedade geracional e partir para uma lógica de conta reforma na posse do estado até à idade do usufruto.
Se num dia a Ministra da Saúde com uma extraordinária falta de jeito e sensibilidade política, em plenos holofotes da comunicação social aconselhava; «Deixo um grande apelo às crianças e às famílias que, aproveitando a contenção que é preciso fazer, para fazerem sopa em casa e não gastarem em fast food’, que é mau e mais caro». No dia seguinte, a mesma Comunicação Social (Correio da Manhã edição de 3 de Julho 2010) noticiava que médicos, em troca de fins-de-semana na Penha Longa, com componente de seminário científico de 1 hora, são aliciados a prescrever certo medicamento de determinada marca para determinado fim.
1-Seria importante aconselhar esta ministra “estrumentosa” a preocupar-se bem mais com a regulação e fiscalização do mercado de medicamentos que com a qualidade da “fast food”. Quando se vai ao McDonalds só não sabe o que está a comer quem não quiser. E quanto ao preço, tenho algumas dúvidas que uma boa panela de sopa, realmente nutritiva, seja mais barata que “fast food”. Mesmo neste segmento, já há muita coisa interessante e diversificada que vai ao encontro de preocupações nutritivas e de obesidade. Até nesta vertente da restauração a ministra parece desactualizada. É normal! Quem vive à conta dos nossos impostos, sem isso merecer, deve estar mais habituada a Pabe’s, Tavares Rico, Ganbrinus, Ti Matilde, Sete Mares, Martinhos da Arcada, e outros que tais.
2- Por outro lado, chamaria a atenção da “estrumentosa” ministra para as seguintes questões; Já alguma vez lhe passou pela cabeça que cada vez mais portugueses vêm em muitos médicos, mercenários? Pela minha parte saio sempre dos consultórios a pensar quanto é que o médico vai ganhar com o medicamento que me vai prescrever e será ele mesmo necessário para a minha boa saúde? Já ponderou Ana Jorge que as actuais relações entre médicos, delegados de propaganda médica e indústria farmacêutica são, essas, realmente caras para a população em geral? Quanto é que vai custar ao paciente os fins-de-semana da Penha Longa oferecidos a médicos? Já para não falar na relação de confiança utente médico, cada vez mais afectada e continuamente decrescente.
3- Para acabar, sentindo-me insultado e gozado pela forma como a ministra usou as palavras e o paradigma económico do país, apetece-me, em estilo irónico, propor uma adenda às declarações de Ana Jorge; «Comam sopa em casa, de preferência canja sem frango que é mais barato, e já agora bebam água da fonte, guardem o pão sete dias e voltem às sopas de cavalo cansado... com políticos destes de forma sábia, Ana Jorge, já nos vai preparando para o futuro próximo! Sim, porque na sua cabecinha, quem come “fast food” em Centros Comerciais é porque tem dinheiro e vive bem.» Pessoa muito pequena e medíocre de facto!