1ªNota: Lamentável que a privatização da RTP, total ou parcial, não avance. Bem sei que esta decisão, na forma e conteúdo comunicacional, não fere (ainda) o programa eleitoral do PPD/PSD, contudo, ressalvando potencial ausência de interessado, já me sinto defraudado.
2ªNota: No escape encontrado só o político profissional ganha em toda a linha.
3ªNota: O partido dos aleluias centristas (CDS/PP) que finge querer reformas no Estado, sem dar a cara por uma única, deve estar contente. Continua com via aberta para Almeidas, Portas e Cristas dizerem baboseiras 'à minha custa', e, sempre que possível, fazer declarações defensivas e redondas sobre submarinos, sobreiros e afins, fingindo-se sempre, claro, defensores do cidadão e iniciativa privada.
4ªNota: Sr. Miguel Relvas o que está a fazer no governo? Por favor, elenque, no âmbito das suas pastas, o que já 'fez' pelo cidadão livre. Talvez depois de informado lhe continue a dar o benefício da dúvida.
5ªNota: Num dos assuntos que era mais fácil ser um pouco mais liberal, Passos Coelho e seu Governo falham, não reformam, cortam. Não cedem poder e liberdade, apenas criam mais desemprego. A fórmula, neste caso, parece-me claramente curta, era possível fazer muito melhor.
1ªNota- O relatório no que respeita ao pagamento de pensões menciona gritantes injustiças (roubos) que devem ser reparadas. Sem propor nenhuma reforma ‘ideológica’ aponta para a necessidade de expurgar o sistema da agiotagem geracional exercida em especial por ex-funcionários públicos e equiparados. Contudo, com o seu princípio basilar intacto, favorecerá sempre os mais ricos e afortunados (quer de berço quer pela vida). As propostas nesta matéria não deixam de ser um avanço significativo, mas para mim, ainda insuficientes.
2ªNota: Quanto às despesas sociais extra pensões, o FMI foi inteligente e minimal na justa medida que não são estas despesas o problema da nação, além de que representam o verdadeiro estado social já de si muito desengordurado, talvez até demais.
3ªNota: Quanto às ‘options’ para os actuais funcionários públicos, concordo com o aumento do número de horas de trabalho por semana e a redução do efectivo. Não acho boa opção reduzir transversalmente os salários, pese embora tenha uma vantagem, permite a manutenção de emprego. A decisão não é fácil mas eu arriscaria a primeira via, propensa a maiores ganhos de eficiência. E que tal pagar directamente (ao empregado) parte da rescisão com títulos de dívida pública (ou obrigações CGD) a taxa de juro ‘digna’ com maturidades variáveis? Ou vender 70% da CGD para pagar rescisões?
4ªNota: Quanto às propostas na Educação e Saúde ainda que se possa discutir precisões numéricas (Ex: número de professores a despedir) e sendo algumas entroncadas com vertentes acima descritas, assino todas por baixo com excepção de uma. Discordo liminarmente do aumento das taxas moderadoras se não vierem acopladas de firme e significativo decréscimo da carga fiscal. Aliás, do ponto de vista humano, a saúde é o calcanhar de Aquiles da minha mente liberal. Na medida de cada um (exclusivamente via impostos) deveria ser paga por todos e usada por todos num sistema verdadeiramente universal. Logo, sistemas estilo ADSE ou militar devem acabar ou passam a ser financiados exclusivamente pelos beneficiários.
5ªNota: Dito isto, é preciso que quem manda tenha coragem para mudar. Algumas mudanças propostas por FMI parecem ter consenso significativo ou que pelo menos suportará no poder quem as executar. Não será fácil, até porque o diabo está sempre nos detalhes e os problemas nascem quando se metem mãos à obra (como este governo já pode verificar).
6ªNota: Do ponto de vista político o relatório ‘FMI options’ teve como resultado tomadas de posições surreais. A do PS (e pessoas ligadas a ele) é de um delírio transcendente. Agora até já pedem maioria absoluta! Depois temos o grosso da opinião publicada e divulgada nos media, aí nada de novo, nem seria de esperar, afinal quase tudo o que aparece são beneficiários leoninos do sistema que levou Portugal à ruína. O CDS/PP está bastante incomodado com a conversa, não quer fazer verdadeiramente nada de relevante pela nação. Pois ao fazê-lo o discurso dos ‘velhinhos e das romarias às feiras’ não poderá ser mais usado.
7ªNota: O momento cómico largamente difundido foi o da tese do frete, i.e., o FMI terá assinado um texto que na realidade teria sido escrito pelo governo. Ora quem acredita que o FMI pode ser instrumentalizado a ‘nosso’ favor goza do problema crónico nacional, confundir realidade com ficção. Alguém precisa lembrar a esta gente que mesmo há pouco dias foram eles que nos emprestaram mais um porradão de massa para continuarmos a viver. Até podem ter sido influenciados e assessorados pela equipa de Passos Coelho, mas parece-me mais que evidente que concordam com as conclusões do seu trabalho.
8ªNota: Na minha opinião o trabalho tem um grande ponto fraco. Então e as ‘options’ político-administrativas? Número de deputados, número de câmaras, duplicação de organismos e empresas públicas na persecução de mesmas funções, etc. Até poderão ser de poupança reduzida, mas Portugal tem políticos profissionais de sobra que afectam a eficiência em prol do social e sociedade. Além de que este tipo de propostas credibilizaria e daria força às outras.
Andavam por aí dizendo que eram os ditos neoliberais do BCE e UE que impregnavam Portugal com austeridade. Querendo 'passar' um perfil de FMI descrente, quase obrigado a aceitar, como membro silencioso, receitas 'troikianas' baseadas em cortes severos. Ora tome lá Portugal! Basicamente, uma grande fatia da nossa bem instalada inteligência vociferava nada mais que poluição, confundido informação com entretenimento e realidade com desejo.
1ªNota: Revolta-me tremendamente admitir a existência de um funcionário ou servidor público que, em funções, possa ver num pedido continuado e aflitivo de ambulância ao INEM um fingimento sucessivo e 'chato'.
2ªNota: Revolta-me que um servidor público não reporte a verdade relatada.
3ªNota: Revolta-me a forma e postura dos profissionais do INEM envolvidos no 'Caso do Maestro'. Aconteceu em 2009.
4ªNota: Enfurece-me o modo fácil como, nos dias de hoje, o INEM, pela voz do seu gabinete de comunicação, acha não haver razões para demissão dos elementos envolvidos nesta tragédia à Portuguesa.
5ªNota: E a arrogância da operadora do INEM perante o desespero de quem vê o marido 'ficar-se'?! Realmente o estado social serve principalmente para quem dele tira ordenadinho seguro todos os meses.
6ªNota: E a pergunta agora parece pertinente; Quantos casos destes se 'escondem', 'encobrem' ou passam 'under the radar'?
7ªNota: Por último, estas chamadas são apenas mais uma prova da forma como os funcionários e servidores públicos se protegem uns aos outros sem qualquer pingo de moralidade. Mesmo por isso....defendo aquilo que defendo desde sempre. Infelizmente, para mal dos cidadãos livres, há mais funcionários públicos no Tribunal Constitucional.
Decidir isto quando o emprego público é 10 vezes mais estável que o privado, e, sobretudo, quando praticamente 90% dos pensionistas fica 'fora' dos cortes...bem, de duas uma, ou se faz política a pensar unicamente no interesse próprio ou somos prostitutas intelectuais.
Sr. Cavaco, do alto da sua boa moeda, diga-me lá, qual seria o seu balanço entre cortes e aumento de impostos?
Nota: Não se esqueça dos compromissos financeiros da nação.