1ª Nota: Uma meia frustação para mim, foi a revisão em baixa da variação homóloga do GDP (PIB) Norte-Americano para o 4ºtrimestre de 2008. Na semana passada o departamento do comércio corrigiu o decréscimo dos -3,8% anteriores para os actuais -6,2%.
Embora os novos números "pareçam" deixar cair por terra a ideia que eles estimam melhor (é evidente que eles acertam sempre mais ou erram por menos!), não beliscam o facto de lá serem realistas na análise do "auto-erro" e na sensibilização da sociedade em relação ao que está para vir!
Com esta nova revisão oficial, as previsões "à priori" , feitas por economistas americanos, erram a descida do PIB por -0,7% (contra os +1,7% aquando do lançamento dos primeiros dados do departamento do comércio). Em Portugal, até ver, errámos por -1,3% (tomando como exemplo, a estimativa da universidade Católica para a variação do PIB no 4ºtrimestre em Portugal, i.e., contração de 0,7% contra o decréscimo efectivo de 2,0% em relação ao trimestre anterior, apresentado "à posteriori" pelo INE).
Mesmo com os novos somatórios, esperando-se os dados finais de 2008 para o fim de março (tanto lá como cá), os E.U.A. parecem ter crescido 1,1% em 2008... Nós 0%.
2ªNota: Manuela Ferreira Leite (MFL) no culminar de um par de semanas muito boas, publicitou na sua coluna do Expresso (21/02/2009) um número muito interessante; "A dívida externa do país ao longo da actual legislatura passou de 64% do PIB para impensáveis 100% ...". Não desmentido pelo governo (nem poderia), passou o número a monumental "brilharente" político, de tal forma, que deu origem a novas frases do estilo "...estamos a falar à uma hora, tempo suficiente para Portugal estar a dever mais 2 milhões de euros ao estrangeiro...".
MFL, pessoa da qual me distancio em algumas ideias chave, começa a tentar representar dignamente o centro-direita e a direita liberal não católica do país. Estudando e preparando surpresas destas aos arrogantes da esquerda, vai num caminho inteligente e sério! MFL percebeu que é na crueza dos números, explorando a essência dos mesmos, que se combate bem falantes e melhor vestidos do início do Sec. XXI.
3ª Nota: "... Não é um qualquer cobarde que se diverte a escrever cartas anónimas que escolhe quem governa este país..." (Sócrates no congresso do PS em Espinho).
Não percebi bem se o senhor primeiro-ministro é contra a denuncia anónima ou se é mesmo anti-democrata! Tenho pena que ache a denuncia anónima uma arma de cobardes. Eu vejo-a como ferramenta fundamental para os menos poderosos obterem justiça (se a entendermos como comunicação de algo grave às entidades competentes, por alguém identificável que pretende o anonimato). Até porque uma denúncia caluniosa é facilmente desmontada em dois tempos. Não foi o caso do Freeport.