1ªNota: "Posso garantir que do ponto de vista de gestão e das estratégias não há a mais pequena influência do poder público (na EDP)". (António de Almeida, presidente do Conselho Geral de Supervisão da EDP e simultaneamente representante do Estado nesse orgão-, ao Expresso de 25/04/2009).
Ao afirmar tal coisa quem pretende iludir este senhor? Como é possível um accionista que tem 1/4 da empresa se alheie das estratégias?
Não questiono o paradigma ideológico da propridade das "utilities" ou a sempre associada estratégia energética nacional, mas apenas o falar verdade, aquele valor essencial para quem "supervisiona" alguma coisa.
Faz-me confusão que um semanário de referência não pergunte ao dito iluminado como é possível a maravilha de gestão que proclama... poderia ser que uma nova tese para prémio Nobel estivesse na forja...de Portugal para o mundo.
2ªNota: Na sequência da lesão de Hulk, fruto de uma entrada dura de um jogador do Estrela da Amadora na 2ª mão da meia-final da Taça de Portugal de 2008/2009, O FC Porto SAD imite um comunicado protestantado com a falta de punição exemplar do jogo violento no futebol, por parte dos árbitros e das comissões disciplinares.
Pois bem, o clube de André nos anos 80, Paulinho Santos nos anos 90 e de Bruno Alves e Pepe na primeira década do novo milénio, lembrou-se disto! Era de morrer a rir, se não fosse o futebol português comandado por corruptos com alzheimar selectivo que cimentaram o seu domínio através da intimidação em túneis ou pela ameaça à moda de guardas "Abeis". No Benfica e Sporting não há só santinhos (Ex.: Luisão e Derlei), mas sinceramente, o FC Porto queixar-se nesta matéria, nos termos usados, é demente.
3ªNota. Se até Adam Smith reconheceu que as virtudes do mecanismo de mercado são completamente realizadas apenas quando se verificam os confrontos e os equilíbrios da concorrência perfeita (Macroeconomia, Samuelson e Nordhaus). Então perante os recentes relatórios da Autoridade da Concorrência sobre o sector nacional dos combustíveis e as suas conclusões consensualmente aceites, há motivos incontornáveis para nova intervenção estatal no sector, podendo até passar por nacionalizações de partes do negócio da fileira.
Com isto não se defende o Socialismo, mas sim a base do sistema económico que mais previligia os fundamentos do desenvolvimento livre e liberal.