Os números; Sexta-feira dia 05 de Junho, na última sondagem SIC/EXPRESSO antes das eleições europeias, o PS ganhava as eleições com 4,1% de vantagem sobre o PPD/PSD, estando ambos na casa dos 30%.
Contudo, a realidade ofereceu-nos uma vitória do PPD/PSD com uma vantagem de 5,1%, com o PS claramente abaixo dos 30% em segundo lugar.
A comunicação social não esperava! Mas sejamos justos, quantas vezes a comunicação social portuguesa sente e percebe a verdadeira pulsão e percepção da realidade que emana da existência civilizacional de cada um de nós? Gravitam muito à volta da trica política que usam de forma inteligente para fins pouco nobres.
Pela segunda vez, quase seguida, os meus parabens aos fãs do PS na comunicação social, em especial Nicolau Santos, Henrique Monteiro, Fernando Madrinha, António Costa (Director do Semanário Económico) e grande parte dos profissionais da RTP. Por mais que tentem nunca vão disfarçar uma péssima governação de Sócrates. Péssima porquê? Deixo quatro de muitas razões; 1ª Teve uma inédita paz social para executar o que nunca tinha sido feito e nada fez de verdadeiramente profundo; 2º O desemprego e insegurança aumentaram; 3ª O défice foi cortado praticamente só à custa de operações de "mercearia" (subida louca da carga fiscal); 4ª A justiça e a educação em termos de rigor e qualidade estão piores que em 2005, apesar do esforço pífio para "higienizar" as classes de professores e juízes.
A frase; "...O título de campeão nacional de Basketball não me diz nada... ". Manuel Vilarinho, na qualidade de presidente da assembleia geral do Sport Lisboa e Benfica comentando o título ganho nessa modalidade na época que finda.
Percebe-se que o homem não pode dar entrevistas. Percebe-se que nunca vai entender uma das verdadeiras razões do sucesso do Benfica...o ecletismo. Vê-se que é limitado, sendo o típico "tuga" que só gosta de futebol. Para meu desgosto, Manuel Vilarinho representa uma fracção de adeptos benfiquistas da qual não faço parte. Infelizmente temos que "levar" com ele, pois salvou-nos de Vale e Azevedo, tendo de seguida "enterrado" milhões para evitar o "coma" do clube. É assim mesmo, a força do dinheiro tem estes amargos de boca, quem tem culpa são os benfiquistas que quase evaporaram com o clube ao "escolherem" João Vale e Azevedo para presidente, depois temos que aceitar estes bombeiros.
Quanto ao carácter ofensivo da declaração para com atletas, treinadores, dirigentes e demais funcionários das modalidades amadoras, a resposta dos mesmos é fácil, mais vitórias, cumprir orçamentos e "lutar" pela criação de receitas.
Já agora, alguém explicou a estratégia da Benfica TV ao Manuel Vilarinho? É que declarações como esta não ajudam e são até contraditórias com o discurso vigente, por exemplo, de Domingos Soares Oliveira.
Por último, era bom que alguém, de uma vez por todas, fizesse um estudo ou inquérito alargado, ou até mesmo institui-se como obrigatoriedade, a consulta de todos os sócios sobre a percentagem de quotização que deve reverter para as modalidades amadoras. O ideal era que essa pergunta acompanha-se o boletim de voto das eleições, assim, não havia dúvidas! A pergunta devia ser algo como isto; Entre 5% e 15% qual a percentagem mínima da receita de quotização a reverter para a manutenção das modalidades que não o futebol? O resultado final em média ponderada devia ser referencial mínimo nos 3 anos seguintes de mandato.
As imagens; Dos festejos do Bloco de Esquerda pelo resultado alcançado nas eleições europeias (nas várias estações televisivas).
Ao ver aquilo, um misto de preocupação e repulsa me assaltou a mente.
A repulsa; Olhar as pessoas que festejavam fez-me lembrar o Bairro alto de Lisboa a cheirar a urina, cheio de lixo, com putos mal educados que passeiam álcool na rua e a droga que se vende nas esquinas com a passividade de uma sociedade que caminha alegremente para o nada de um retocado Socialismo Soviético da primeira metade do Século XX.
A preocupação; O povo português em desespero faz escolhas erradas. Portugal é e sempre foi um país maioritariamente de esquerda onde há mais espaço para as visões redutoras e centralizadas de Rosseau, do que para as prespectivas progressitas, mais eficazes e democráticas de James Madison.