Na próxima legislatura a aposta na energia solar é óbvia, devendo ser para continuar ainda com mais ímpeto. Contudo, na minha humilde óptica deve incluir os seguintes aspectos:
1-Prolongar o programa de apoio à instalação de painéis solares térmicos. Ou, no mínimo, incrementar no IRS, as deduções fiscais à sua instalação no imobilizado "velho".
2-Criar um programa de apoio à implementação de painéis fotovoltaicos no interior do país, indo buscar o dinheiro às receitas da GALP e EDP (impostos e dividendos).
3- Não cair em mega-projectos nesta área e na "onda" da micro-geração, apostar nos micro-projectos dispersos, a todos os níveis mais flexíveis do ponto de vista económico, financeiro e técnico. Virar a alternativa solar para escolas, centros de dia, centros de saúde e juntas de freguesia, como alavancas de um projecto sério, ambicioso, de visão futura sem prespectiva de lucro a curto prazo.
4- Estabelecer parcerias com os líderes tecnológicos mundiais na área do solar "metendo lá" investigadores e jovens lusos a aprender, ao mesmo tempo fortalecendo a componente operacional formando mais e melhores electricistas.
5-Saber perceber que o mix energético para Portugal não é forçosamente o pretendido por EDP, Iberdrola ou Endesa, e pensar (o governo), como muitos especialistas pensam, que provavelmente a revolução energética vai se dar quando cada um de nós for produtor de energia.