Uma proposta corajosa, honesta e no caminho do verdadeiro aperfeiçoamento da democracia, seria deixar cair, de uma vez por todas, o conceito de solidariedade geracional no mecanismo de contribuições para a nossa reforma. Há que defender esta mudança sem complexos! Um sistema baseado em conta PPR, iria permitir que cada um recebesse na aposentação aquilo que verdadeiramente descontou, e não, como agora acontece, existindo reformados a receber quantias mensais sem que para elas tenham descontado na proporção devidamente justa. Assim, nas linhas gerais deveriam garantir-se certos aspectos;
1-O sector financeiro privado estaria fora da gestão das nossas contas na Segurança Social.
2-O estado garantiria uma taxa de juro anual de acordo com as mais-valias realizadas pelo uso dos nossos descontos, não podendo haver dispersão de "menos-valias" pelos contribuintes. Bem como, teria que haver sempre uma taxa de juro mínima ponderada a distribuir todos os anos.
3- Os descontos anuais mais baixos teriam um "reforço" em conta, a cargo do estado (diferenciação postiva por escalões).
4- O dinheiro "capitalizado" deveria ser entregue a cada um de nós após aposentação. Em caso de morte deveria ser encaminhado para um familiar.
5- Isto claro sem mexer nos anos obrigatórios de descontos e idade mínima de reforma. Sendo que, sou a favor que quem tem 35 anos de descontos possa aposentar-se sem qualquer penalização.
6-Este nova fórmula seria válida para todos que tivessem menos de 15 anos de descontos.
Ao fim ao cabo estou somente a concordar com aquilo que outros, bem mais preparados que eu defendem, por exemplo, António Carrapatoso (Presidente da Vodafone Portugal) e Luís Duque (Professor Universitário do ISEG). Claro que mais condicionantes devem ser levadas em conta, mas, neste espaço, proponho apenas o reforço da intenção genérica que aplicada com critério é a solução mais transparente, responsabilizante e saudavelmente partilhada .