1ªNota: Como é possível um membro do conselho de administração do Banco Comercial Português, na sua carta de suspensão de mandato, ser tão displicente! Apenas reforçou a sua natural, conhecida e reconhecida incompetência que liga o seu sucesso profissional ao pior da lógica mafiosa de subir na vida por conta de cartão/filiação política.
Como é possível, Vara sabia-o, numa carta que iria ser lida, letra a letra, por milhões, permitir-se dar erros ortográficos de palmatória? Nem um corrector ortográfico aplicou?! Será este rigor apanágio do Banco onde suspende funções? Apesar de lá não ter conta aberta esperemos que não! Quanto ao caso "Face Oculta", alguém verdadeiramente sério fica surpreso com a vergonha que caí sobre Armado Vara e seus familiares (arrastados evidentemente!). Por amor de deus a resposta é óbvia... O que me mete nojo não é o Sr. Vara em si, este merece-me reprovação e condenação, mas sim os tradicionais senhores da esquerda portuguesa a tentar desculpá-lo. Usam rasteiras armas retóricas tradicionais do PS, i.e., ainda que implicitamente dão a entender que é mais um caso pouco consistente com objectivos políticos ou acções rasteiras que o PPD/PSD lidera ou aproveita. Fiquem com o trecho da carta de Armando Vara e observem a calinada num parágrafo fulcral. Suspensão com ç ...por amor da santa!
2ªNota: Durante as últimas duas semanas, se os poucos leitores deste blog tivessem ido à biblioteca do Instituto Superior de Agronomia, facilmente perceberiam a razão de Portugal ainda ser um país medíocre mais ou suficiente menos. Passo a explicá-lo por 3 linhas de razão;
A) O edifício, no máximo, foi estreado há 8/9 anos, mas está tão desgastado que parece que abriu portas há pelo menos o dobro. Chove lá dentro em cima dos livros tapados por plásticos. O tecto falso já tem falhas, as paredes apresentam um aspecto pálido e de construção sofrível, para não falar do exterior não cuidado com a dignidade que merece.
B) Pior ainda são "alguns animais" que a frequantam. Diria que 20 a 30% da população estudantil por mim lá encontrada, é tão mal educada que de forma lapidar espelha as falhas de uma geração formada sob a égide de Socialistas tolerantes e de pais cientes de direitos mas alheios de obrigações.
Eles, os estudantes, riem à gargalhada, chamam colegas com assobios, falam como estivessem em esplanadas, tem conversas audíveis com elementos do sexo oposto próprias de jantar em restuarante, colocam o som dos PC's excessivamente alto na visualização de "joke videos", arrastam e movem mesas quando isso é proibido, e até há evidências que na consulta de literatura, na preguiça de tirar cópias, rasgaram-se páginas. Em suma, um tremendo desprezo e desrespeito pela demais população universitária e pelos impostos que todos nós pagamos para a existência de um ensino público universitário.
C) Por último, relacionado com a alínea anterior, realço o papel -ou ausência dele- dos funcionários da biblioteca no travar das condutas impróprias. Simplesmente não fazem nada! É uma vergonha, sinónimo de incompetência para quem tem no seu caderno de deveres manter o ambiente civilizado no local -se não tem deveria ter-. É a função pública no seu pior!
Espero que, tal como no meu tempo, se safe um punhado de estudantes que estão na Agronomia com propósito, de corpo e alma, e também os professores, na minha altura, na esmagadora maioria, de bons para cima.
E para aqueles que lutam contra a mediocridade no Agronomia eu deixo aqui uma peça orgolhosa da minha estória. Amo a Agronomia, dizer mal desta instituição é-me difícil. Mas só apontado os erros nas coisas do nosso coração conseguimos ser superiores no sentimento e na acção. Sou Agrónomo com orgulho.