1-A Imagem; No seguimento de um desabafo em directo na TV, o Ministro da Agricultura dizendo a um pescador desiludido com a UE... "se não está contente tem que pedir para sair da União Europeia"... e depois vira costas.
É caso para preguntar em que repartição dos nossos maravilhosos serviços públicos podemos ir entregar o documento de renúncia!!! E já agora qual é esse documento! Por favor Sr. Jaime Silva, volte lá para o seu tacho em Bruxelas e deixe Portugal para os verdadeiros Portugueses, para aqueles que não o vendem em troca de empregos.
Ainda pela Agricultura e pela UE, temos à porta a nova OCM para o sector do vinho. Pelo que tenho lido, que é pouco (para os cidadãos normais a informação comunitária não é fácil de obter e a que há é superficial), o projecto final de reforma parece razoável.
Primeiro, proibe a utilização de açucar na elaboração de vinhos.
Segundo, da brutal proposta inicial de arranque de vinha, passamos para cerca de metade.
Terceiro, acabam todas as ajudas à produção.
Quarto, pervê-se a liberalização do sector para 2013 (o fim dos direitos).
Contudo, não é razão para ficar excessivamente contente. É necessário esperar para ver, "preto no branco", o que vai ser modificado ao nível de práticas enológicas.
Será que vamos continuar a ter artigos como o 51º do Regulamento Nº1493/99?
Vamos continuar com limites de enriquecimento pornográficos nas zonas vitícolas A e B da UE ( Alemanha, França, Austria), ao mesmo tempo que queremos arranque nos países do sul da Europa?
Ao que Portugal diz respeito a linha de rumo deve ser:
-Rejeitar prémios ao arranque, logo, rejeitar a proposta de arranque em Portugal.
-Tomar a iniciativa e propor alterações mais restritivas às práticas culturais e enológicas que consequentemente influenciam a classificação dos vinhos (baixar rendimentos por hectare, aumentar TAVN mínimo das uvas para vinho, loteamentos mais restritos, marginalizar o enriquecimento).
-Em alternativa, aceitar o arranque em contrapartida da liberalização imediata do sector, desde que evidentemente sinalizados aqueles que aceitassem o premio ao arranque.
-Por último, defender e redirecionar apoios -com a devida regulamentação- à produção de vinhos DOC e de produtos de alta qualidade.
Mas verdade seja dita, para um liberal com eu, é com satisfação que vejo esta nova OCM do vinho, mais clara, reduzida, e que tenta "desproteger" um sector que por estar actualmente na situação oposta, premia quem faz mal, quem não inova, quem não tem capacidade de trabalho.
2- A figura do PPD/PSD; O que se passa com os homens e mulheres de direita deste país? Porque razão são ingolidos pela comunicação social?
Levado pelo ruído dos "sound bytes" de uma imprensa comandada pelo BE e PS, em vez de lutar contra julgamentos na praça pública e preocupar-se em governar melhor Lisboa, Marques Mendes procurou vitimas fáceis tirando em consequência o tapete a Carmona.
Na política há passos em falso que são mortais. Estava-se a ver o resultado deste. Quando se escolhe o caminho mais fácil é assim... Uma derrota merecida para quem não soube dizer logo que Carmona deveria continuar até ao fim do mandato, ou até ser considerado culpado nos casos judiciais sobre a sua pessoa. A ironia do destino? o povo não penalizou Carmona!!! Castigou quem usa, abusa, e depois quando não dá jeito deita fora como se fosse lixo.
Lição: Não escolher arguidos para candidatos a eleições é uma coisa, outra é promover a demissão de executivos porque há constituição de arguidos no seu seio. O primeiro princípio é óptimo, o segundo deve ser uma decisão dos visados e não das organizações que os apoiam... afinal as listas têm 17 vareadores pelo menos em Lisboa.
3-O Facto; De rir e chorar por mais... a prioridade da ASAE para este verão anunciada nas rádios na semana que passou, é hilariante. E ela é...Guerra aos vendedores de bolas de Berlim nas praias!!!
Concordo que os mesmos precisam de entrar definitivamente nas boas práticas de conservação e comercialização de produtos percecíveis, mas daí até tal exigência ser uma prioridade digna de anúncio na Antena 1, é gozar com quem paga impostos. E mais, demonstra a incapacidade da ASAE fazer inspecção/fiscalização a sério, a impreparação é tanta que é imperioso arranjar alvos fáceis e objectivos pouco ambiciosos. Gostava de ver a ASAE também noutros voos, e não na propaganda de baixa qualidade.