1ªNota: Após tentativa falhada de dramatização das condições governativas, o PS, na semana agora findada, ensaiou novo guião interessante! Isto é, “desdisse o que disse” na semana imediatamente anterior. Para tal, a comunicação social amiga dos Socialistas escolheu como mensageiros os dinossauros Mário Soares e Freitas do Amaral. Triste figura! Vieram corroborar Cavaco Silva, dando mesmo a entender -perante a clareza do actual presidente- não valer a pena adoptar estratégias de poder medíocres e lesivas do interesse patriótico – por muito que eles também as desejassem -.
2ªNota: E estávamos nós entretidos com o jogo de fumos da encenação dramática anterior, eis que o PS nos presenteia com mais duas propostas de resolução de problemas centrais no nosso Portugal! Ou seja, comunicaram-nos a pretensão de legalizar, desde já, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e, apresentaram-nos a intenção, de ainda na presente legislatura, realizar um referendo sobre novo desenho de regionalização do país. Era mesmo isto que precisávamos ver discutido em “prime-time” comunicacional. Muito obrigado PS! Já agora!? E governar? Apresentar as linhas gerais do orçamento para 2010, pode ser? Pretendem concentrar atenções noutro tipo de problemas como sabiamente aconselhou Cavaco Silva? Será que não erraram nos p’s e nos r’s? Em vez do problema dos paneleiros, não querem resolver primeiro o problema dos pobres? Confundiram regionalização administrativa com racionalização na administração? Mais nuvens de fumo para distrair...
3ªNota: Espanha tem um défice das contas públicas de 54% (em relação ao PIB, número da UE). Portugal tem um de 80% (número do Ministério das Finanças). Só este diferença serviria perfeitamente para explicar aos “nuestros hermanos” o porque do adiamento de todos os projectos de TGV deste lado da fronteira. Mas não, Sócrates prefere defender os interesses Macroeconómicos das regiões de Espanha em detrimento dos nossos. Assegurando assim a tendência de controlo Espanhol sobre a economia nacional.
"...Pró natal o meu presente eu quero que seja, comboios de brincar, comboios de brincar, lá, lá, lá...", gingão natalício dedicado ao não engenheiro José Sócrates. Os da foto até são chiques, estão, neste momento, nas montras das lojas de NY City.
4ª Nota: O “Magalhães Project” fez da acção social escolar (ASE) um instrumento financeiro com valências desviantes. A ASE pagou integralmente os computadores aos beneficiários e 158 dos 208€ aos não beneficiários. Logo, colocou ao mesmo nível de importância uma refeição no refeitório de qualquer escola e um PC para brincar (de utilidade pedagógica controversa). Num país onde há tantas debilidades no sistema educativo público, esta opção é no mínimo discutível. Mas o actual e anterior governo discorda, dizendo apenas que quem o faz é “bota-abaixista”. Esta questão da ASE é apenas mais uma trapalhada no meio de muitas relacionadas com este assunto. Mais exemplos? Então cá vão;
-Neste projecto esqueceram-se os concursos públicos obrigatórios, escolhendo-se a dedo a JP Sá Couto para fabricante do PC;
-Proclamou-se que o PC era consequência de “Know-how” nacional quando de facto não era;
-Serviram-se dos elogios da Microsoft para justificar esta medida, quando no fundo a empresa era parte interessada;
-Gritaram-se aleluias de oportunismo político quando alguém pertencente à ONU elogiou o “Magalhães Project“, sem que de certo, esse alguém, tenha feito estudos aprofundados sobre necessidades educativas estruturais e prioritárias no Portugal actual. Consta que até aconselharam o dito projecto a Obama, não consta que o inteligente presidente americano tenha aceite o conselho.
5ªNota: Pedro Santana Lopes, dia 18 Dezembro de 2009, ameaçou! “Se sair não volto” do PPD/PSD claro! Caso para dizer…who cares! Simpatizo com Santana, acho até que foi sempre injustiçado, sujeito a uma bitola de avaliação anormalmente rigorosa que não recaiu sobre mais nenhum político nacional. Agora, é dele a obrigação de perceber que o seu tempo como protagonista político principal acabou. A direita e centro direita precisa de alguém que saiba fazer contas, sério, poupado, empreendedor, liberal na economia, conservador progressista nos costumes, descontente com o peso do estado na vida dos portugueses, novo, e com garra para afrontar os interesses instalados -muito difíceis de lutar num país pequeno-. Santana…temos pena, mas não és tu! A câmara de Lisboa ficava-te a matar, mais que isso…