1ªNota: A revista "Visão" na sua edição mais recente, levou à prática uma boa ideia. Oferece 0,50€ do preço de cada exemplar vendido para o apoio às vítimas da catástrofe da Madeira.
Num óbvio dois em um, fiquei feliz por um dos meus hábitos/vícios, bastante caro por sinal, possa ser parcialmente traduzido em algo de bom para apoiar os desafortunados daquela ilha maravilhosa. Obviamente comprei a "Visão" esta semana! Informei-me como habitual ajudei como era meu dever moral.
Quanto ao conteúdo do "Especial Madeira" é interessante, bem redigido e levanta as questões que devem ser discutidas, sem medos, hipocrisia ou sensacionalismo. É um bom trabalho merecendo ser lido e comprado por boas razões a dobrar.
Só fica uma pequena chamada de atenção aos directores da "Visão". Ainda não consegui descobrir no interior da revista (Se calhar o erro é meu! Se assim for peço desculpa), a informação de como a minha ajuda de 0,50€ vai ser canalizada, gerida, aplicada e quem são os intervenientes.
2ª Nota: Ainda pela mesma revista, sou confrontado com 3 perguntas feitas ao Bastonário da Ordem dos Engenheiros cessante, o Eng. Fernando Santo.
À pergunta qual deveria ser a primeira medida do seu sucessor, Fernando Santo responde em duas frentes. Destaco a que me diz directamente respeito, i.e., segundo ele, o próximo Bastonário deve, desde logo, apoiar uma petição defendendo que os Engenheiros licenciados pré-reforma Bolonha, com 5 anos de formação, passem a ser equiparados a Mestres (grau académico).
Diria que a exigência é muito justa. Por sê-la deve impor-se ao carácter oportunístico do negócio indecente que as universidades viram numa das falhas operacionais da referida reforma. As razões são simples, vejamos;
A) Os Engenheiros que "tiraram" uma licenciatura de 5 anos, nos 10 a 15 anos anteriores à "reforma de Bolonha", estão em desvantagem, isto porque, no mercado de trabalho, a valorização do "Pré-Bolonha" já hoje é relativa e difícil de determinar. Quanto mais daqui a um par de anos.
2) Por outro lado, actualmente, para ser-se detentor do grau de Mestre gasta-se o tempo e esforço intelectual que num passado recente Engenheiros dispensaram param serem simples licenciados -pelos menos na minha Agronomia-. Além do mais, nos actuais dois ciclos universitários dos cursos de Engenharia -o primeiro de bacherlato 3 anos e o segundo de mestrado 2 anos-, não se aprende mais, nem em qualidade e/ou quantidade, do que se aprendia num ciclo de 5 anos licenciatura conseguido há, por exemplo, 8 anos.
Posto isto, esta pretendida petição é muito mais que uma luta corporativa. É colocar dentro da corporação todos ao mesmo nível sem qualquer tipo de prejuízo para terceiros (não Engenheiros).