«Não está a ser nada feito!» (Luís Dias da Confederação dos Agricultores de Portugal-CAP, 22 Janeiro de 2010).
«Há árvores marcadas no ano passado por abater. E isso é um sinal claro de que algo não está a funcionar.» (Pedro Serra Ramos da Associação Nacional de Empresas Florestais e Agrícolas e do Ambiente-ANEFA, 22 Janeiro de 2010).
«O Buçaco e o próprio Pinhal de Leiria já estão afectados» (Pedro Serra Ramos da Associação Nacional de Empresas Florestais e Agrícolas e do Ambiente-ANEFA, 22 Janeiro de 2010).
Estas são afirmações públicas ao Jornal "Sol" sobre a doença do Nemátodo do Pinheiro, seu perigoso desenvolvimento e análise de eficácia das acções do Ministério da Agricultura para sua extinção/prevenção.
Por outro lado, do único documento público aproximado a plano de ataque ao Nemátodo do Pinheiro, a saber, nota de imprensa governamental anexada de "Power Point", de Janeiro de 2009, destaco a seguinte passagem da página 10;
Ora comparando notícias de 2009 com as de 2010, e cingindo-me apenas à questão da eliminação das árvores afectadas, são permitidas as seguintes constatações;
A) As medidas globais apresentadas em Janeiro de 2009 foram insuficientes, ou para não variar, no papel parecendo "muitos bonitas", não foram executadas com a rapidez e competência desejada.
B) As queixas dos responsáveis da CAP e ANEFA são, para já, um aviso preocupado. Isto porque em relação a árvores diagnosticadas em 2009, já se perderam os meses de Dezembro de 2009 e Janeiro de 2010 para a sua eliminação. Fazendo fé, evidentemente, no enquadramento da "Intervenção Musculada no Terreno" prometida pelo governo em Janeiro de 2009.
C) Se não responder aos alertas aqui relatados, num futuro próximo, o Ministro da tutela não poderá escapar ao "Banco dos réus". Ao continuar tudo em ritmo lento ou nulo, a partir de Maio, mês final da "dormência", não poderá argumentar com 100% de propriedade que da "sua parte" tudo foi realizado.
D) Num prisma político-económico levando em conta que;
- A fileira Agro-Florestal vale 3% do PIB nacional;
- Perto de 10% do território nacional está afectado com esta doença;
Facilmente se concluí pela validade do tempo, trabalho e inteligência gasta com o problema da madeira do Pinheiro. Mais que não seja, pela recente vergonha de ver o governo fazer problema nacional de uma questão que vale 0,04% do PIB (Lei das Finanças Regionais). Caso para dizer... A Madeira era outra! Vamos esperar e ver!