Na minha ânsia de saber como vai correr o nosso futuro, estou a ler o PEC 2010-2013 (PEC) apresentado pelo governo português no dia 16 de Março de 2010. Sobre o documento irei, as vezes que entender, opinar e dizer de minha justiça. Então vamos começar;
1- Para 2010, no PEC, prevê-se como preço médio anual do barril de crude, o valor de 46€ (página 9). No Orçamento de Estado do ano corrente (página 112), apresentado em Janeiro passado, o governo aponta como preço médio um valor de 54,7€.
Da pesquisa ordinária de "sites" pertinentes, facilmente se consegue perceber que o preço da referida matéria-prima, nos últimos 3 meses, teve em preço médio de 54€. No dia de hoje estamos nos 59€.
Resumindo; Em que enquadramento internacional ficamos? Qual foi utilizado nas contas "reais"? 46€ ou 54€? Foram utilizados dois enquadramentos diferentes consoante o documento, ou estou eu a ver mal? Não vêem os jornalistas e especialistas estas coisas? Não fazem perguntas técnicas?
2- Na página 19 do PEC, em relação às alterações no subsídio de desemprego, está escrita a seguinte frase, "Alteração do regime de subsídio de desemprego visando promover um mais rápido regresso à vida activa.". Na página 20, em relação ao mesmo tema, está redigido; "Pretende-se, com estas medidas, criar um incentivo a que o beneficiário do subsídio de desemprego encontre mais rapidamente emprego."
Na universidade aprendi que a "palha" é inútil, i.e., escrever a mesma coisa duas vezes com palavras diferentes, num mesmo capítulo, é disperdício. Ora, seria um grande estímulo à poupança de tinta, papel, electricidade e equipamentos se o governo tivesse andado na mesma universidade que eu. Assim, evitava repetir-se em páginas seguidas, e, às tantas, o documento apresentado não tinha 130 páginas, ou, em alternativa, sobrava-lhe espaço para explicar as medidas que ficaram por detalhar/precisar.