(notas sobre o PEC, continuação)
7- Tal como foi apresentado, em 2013, o PEC vai deixar o Estado Português a dever mais ao exterior do que devemos hoje. Logo, do ponto de vista macro o nome do documento tem baptismo infeliz. Deveria ser PED- Plano Errático de Dívida.
8- Parte considerável da prometida poupança diz-se que será realizada por intermédio de controlo, rigor e gestão eficaz. A pergunta impõe-se! Os que vão controlar a correcta execução orçamental de 2010-2013 e gerir o "nosso dinheiro", serão os mesmos que afirmaram, no verão de 2009, que o défice do estado estava controlado e dentro dos parâmetros de segurança? E se a resposta é sim, quem acredita que agora é a valer? Ninguém obviamente!
9- Outra parcela do projecto "gastar menos" assenta na vontade, capacidade, rapidez, visão e inteligência dos actuais altos funcionários públicos na execução de novas ideias ou medidas. Com a actual conjuntura, tenho sérias dúvidas que estas características neles existam. Veremos se as mudanças "giras no papel" ao nível da Saúde, Educação e Justiça, se realizam.