Hoje, os apoiantes do Governo, ainda que de forma moderada, celebram a estimativa rápida do INE sobre o crescimento do PIB em Portugal no primeiro trimestre de 2010. Em comparação homóloga crescemos 1,7%! Significa que a continuar assim a economia nacional irá gerar mais 2750 milhões de euros no final do ano -comparando com o anterior-.
Porém, é de notar que o governo conta aumentar o endividamento público em 7,8% (segundo o PEC), i.e., vai pedir ao mercado mais 11700 milhões de euros para juntar à dívida já existente que passará de 77,2% do PIB em 2009, para 85,4% em 2010.
Logo, não é preciso ser grande barra em macroeconomia para perceber que o "boost" economico está ser feito muito por conta de pedir enormes empréstimos de dinheiro para consumir ou investir das mais variadas formas, directas ou indirectas, sem retorno suficiente.
Resultado? Severas medidas de austuridade um, restruturação séria do estado zero!
A fórmula acima descrita é muito nacional -afinal somos um país de funcionários públicos-, mas o Partido Socialista levou-a de tal forma ao limite do exagero que durante estes dias Portugal esteve à beira da bancarrota. Assim, basta esta análise simplista para serem óbvios os motivos de profunda preocupação e perceber a ausência de razões para celebrar!
Nota: Neste post é assumido que 1% do PIB Português é cerca de 1500 milhões de euros. Mas, mesmo que não seja, o escrito não perde a propriedade e utilidade.