A duas semanas de ir para novo posto e deixar a governação do Banco de Portugal, Vítor Constâncio (VC) lança mais uma farpa ao governo que fortemente apoiou durante 5 anos. Nos últimas semanas VC tentou descolar da "Socialist Governance", mas, quem de memória, não vai esquecer vários factos que começaram com o défice inventado no início do reinado de Sócrates e se estendeu longamente pela ausência de declarações critícas à condução do país -desde 2005 até de 2010-.
Quatro notas rápidas que julgo importantes sobre VC;
- Na saída merece ser co-responsabilizado, graças a incompetência manifesta, por um buraco nas contas públicas na ordem dos 2000 milhões de euros, i.e., o referente aos custos de nacionalização do BPN;
- Também deve ser confrontado com as propostas que não fez para o corte das remunerações, reformas, gratificações e abonos da instituição que geriu durante anos -são uma vergonha que contribui residualmente para o défice orçamental do estado, mas brutalmente para o défice de credibilidade e moralidade dos técnicos passados e recentes do Banco de Portugal-;
- VC é o paradigma da despesa pouco útil, aliás, o seu mandato foi uma inutilidade na função fundamental. Como tal, soa a hipocrisia e "cara de pau" quando agora alerta para o aumento do número de funcionários públicos e dos seus ordenados (no reinado de Sócrates).
- Por mais que tente não vai descolar dos homens que defendeu, é também um dos grandes responsáveis pelo estado calamitoso do país. Nunca se preocupou com a despesa, agora fá-lo para perecer bem junto dos seus futuros colegas do Banco Central Europeu.