1ªNota: Portugal tem 308 autarquias. Ao ver o autêntico espartilho a que algumas são sujeitas, mal se distinguindo no mapa, fico a pensar se alguma vez Portugal será governável. Autarquias como Castanheira de Pêra, Barrancos, Mesão Frio, Borba, Odivelas, Amares, Vizela, etc., fazem do nosso mapa administrativo o retrato metafórico do nosso país, partido por todo o lado! Ora isto tem tudo a ver com novo mapa das freguesias de Lisboa, vão passar de 53 para 24. Num claro esforço de reorganizar a cidade podemos estar no bom caminho. Contudo, ao ler a notícia (jornal Sol) não vi uma palavra sobre possíveis ganhos financeiros/económicos. Parecem-me claros, mas com os nossos políticos espera-se tudo, até surpresas vindas do além. Proponho que em Portugal a redução de autarquias seguisse o mesmo caminho. Passarem para metade (pelo menos reduzidas em 1/3)!
2ªNota: Uma facção de Socialistas católicos pensaram no lógico! Se há cortes para subsídios de desemprego, abonos de família e rendimento mínimo garantido, porque razão não se deverá cortar no aborto? Deverá esta prática ser financiada pelo estado? Num país em que a pílula é de borla (ou pelo menos era até há bem pouco tempo) que sentido faz oferecer abortos? Paguem, nem que seja com trabalho comunitário, digo eu! É uma pedrada no charco querer por esta tema de volta em cima da mesa. E só o é por uma razão, é inadmissível que o aborto se torne ou seja visto como um método contraceptivo.
3ªNota: "Não precisamos de ajuda" (José Sócrates, The Wall Street Journal). Eu diria que não precisamos de ajuda...para nos enterrar já temos este excremento! Não pedimos ajuda, mas ela era necessária, bem-vinda e higiénica para um país mal cheiroso...tresanda a incompetência, miséria, pobreza e agiotagem por todo o lado!
4ªNota: Importamos da Europa civilizada as regras de trabalho no que respeita a perda de garantias dos trabalhadores. No campo dos ordenados temos uma tendência a puxar para Marrocos! Temos que dar os parabéns à ignorante da Helena André, não é todos os dias que uma gorda totalmente incapacitada chega a ministra...é tão fraquinha esta senhora! Escusava de ter evitado comparações com Espanha no primeiro tema, uma vez que no segundo nem sequer teve coragem de colocar em vigor um acordo assinado há vários meses por governo, trabalhadores e entidades patronais. É ultrajante que num ano em que a legislação laboral é flexibilizada a um ponto nunca visto (e bem!) o ordenado mínimo nacional aumente miseravelmente.