Há poucos dias soube-se quanto ganhavam alguns profissionais de informação da RTP, quis o destino que, logo a seguir, se oficializava a saída de dois deles para o "privado" -TVI-. Já nem vou à questão de fundo, privatização ou simples fecho da maioria dos serviços prestados pela RDP/RTP, fico-me somente pela adequabilidade dos ordenados que se pagam no sector audiovisual público, e nesta matéria acho chocante um director de informação ganhar quase 16.000€, mais, como consumidor/pagador penso que a qualidade profissional de José Alberto Carvalho não justifica nem metade -é subjectivo eu sei, é a minha opinião deve haver outras-. Como tal, sejamos francos, estas saídas são óptimas notícias para o país e para aqueles que insistem nos serviços públicos audiovisuais (não é o meu caso), pode-se fazer muito melhor, mais barato e com gente nova. Já agora, como é possível uma senhora como a Fátima C. Ferreira do ridículo, tendencioso e instrumentalizado programa "prós e contras", ganhar 11.500 €? Portugal é de facto um país extraordinário e miracoloso para alguns, assim não admira que esses o apoiem no seu estado actual de mediocridade! Com isto não quero dizer que defendo salários de 1.000€ para jornalistas, mas acho que é totalmente desajustada, estrutural e conjunturalmente, a política de remunerações da RTP/RDP para os 5 casos abaixo ilustrados -paradigmática de uma conduta geral que arrasa as contas do estado-. Para estes e outros digníssimos não pode haver o melhor de dois mundos, a segurança de ser funcionário público e ordenados ao nível dos melhores do privado, especialmente quando me "roubam" dinheiro para manter a RTP/RDP. Com transferências destas pode ser que acabem com a indigna taxa audiovisual que pagamos na factura da EDP, 2,25€+ IVA/mês.