Estive lá e assaltou-me um misto de entusiasmo e frustração!
Entusiasmo- A minha geração, e a posterior também, querem mudar os protagonistas políticos e seu caciquismo. Digamos que, embora conjunturalmente, é uma grande ajuda. Como eu estou farto de dizer e escrever, as condições primárias para um político são; Ser sério, leal e gostar de transparência nas condutas e procedimentos.
Frustração- Parece-me que os jovens exigem empregos estáveis por direito de nascimento, e sem querer precipitar a análise (não é uma certeza absoluta), querem-no através do estado ou por garantia dele -estafada receita das gerações anteriores-. Ora aqui reside a minha total divergência. Eu exigo mudanças no regime e na estrutura funcional do país. Tirando os devidos cuidados com a saúde, o estado deve ser reduzido ao mínimo possível política e institucionalmente (de acordo com as nossas especificidades e limitações). Como tal, estou 100% solidário no protesto pela igualdade de oportunidades, quanto ao emprego de qualidade deverá ser para os trabalhadores de igual valia. Os outros? Imensa pena...boa sorte e melhorem! No que respeita à questão da precariedade, não há volta a dar, por muito maus que sejam os nossos empresários ou directores de serviço público (e são!), acho que é a lei que deve ser mudada e não os mesmos obrigados a assumir custos demasiado arriscados num país totalmente condicionado por uma conduta socialisto-comunista de Abril.