1ªNota: Baboseiras a monte têm sido ditas sobre a actual crise Portuguesa, dos PIGS e agora do Sul de Itália. Queria destacar a que aponta para um ataque ao Euro por parte das agências de rating em razão de favorecer a valorização do Dólar. É preciso ser muito cego ou ignorante para isso dizer. Toda a gente minimamente informada sabe que, desde 2007 (pelo menos), uma considerável valorização do Euro face ao Dólar é o pretendido pelas entidades oficiais financeiras Norte-Americanas. Percebo quase nada de política cambial mas neste caso basta ser observador e ler alguma coisa.
2ªNota: Agora a salvação parecem ser os 'Eurobonds'! Entendo o anseio dos Portugueses, ainda mais aceito a aparente liminar recusa de Alemães, Franceses, Luxemburgueses, Austríacos, Holandeses, Dinamarqueses, Belgas, Suecos e Filandeses. Afinal que prazer há em viver para trabalhar no Norte da Europa se é para pagar a boa vida de cabeleireiras reformadas aos 50 no Sul!
3ªNota: Ainda pelos 'Eurobonds' convinha que a classe política que os anda a defender como salvação, pudesse explicar claramente os potenciais 'custos' desta decisão. Só gente pouco ponderada poderá pensar que esta solução não tem condições severas e altamente limitadoras da liberdade individual e colectiva da sociedade portuguesa.
4ªNota: A questão central! O endividamento. Na minha opinião não há volta a dar, qualquer que seja o caminho tem que passar pelo cumprimento integral do Memo da Troika pelo menos nas medidas.
5ªNota: Por último a questão política! É simples, escondida atrás da nuvem de fumo de 'opinadores', temos a seguinte escolha; Ou vamos para uma solução mais à esquerda estilo Federação Russa a Ocidente, com menos democracia e direitos em nome de um Estado Social que não se manterá (mesmo que o contrário seja prometido), ou aceitamos o sofrimento actual para daqui a 5 anos ganhar mais dinheiro e autonomia nacional!
Nesta enquadramento sou assim mais favorável à seguinte solução; Liberalizar reguladamente o país com severo corte de custos no funcionamento do Estado. Reduzir por nossa iniciativa o 'Estado Social' ao tamanho proporcional das nossas possibilidades, e, ao mesmo tempo, com pinças, a nível Europeu negoceiar a saída Alemã para esta crise -participação dos privados em futuros resgates-. Aproveitando o caso Grego que passa todas as marcas, ter uma conduta pragmática de oportunidade (não oportunista) tentando ganhar alguma redução na taxa de juro dos nossos empréstimos e/ou ligeira extensão nos prazos de amortização.
País temporariamente ignorante...o problema é que é há muito tempo!