Ao contrário de muitos, cedo achei que o prazo de Alberto J. Jardim tinha acabado, mental e politicamente. Neste Blog, em Dezembro de 2009, cheguei mesmo a apelar/pedir aos Madeirenses a sua substituição. Mas chegados à situação actual 3 considerações são necessárias para reforçar a posição da minha mente liberal;
- Os desvios orçamentais da Madeira são tão graves como os do Continente de Sócrates. Para Jardim pede-se a prisão e multas ao passo que a Sócrates, visto como futuro intelectual, se acenou com um adeus Parisiense que antes de se concretizar já saudoso era!
- Julgo que chegou o momento ideal para os Portugueses continentais (e não só!) pensarem seriamente no 'desaprofundar' da autonomia dos Açores e Madeira. A actual gestão administrativa claramente não está a resultar -há vários exemplos disso nos dois casos. Como não podemos abdicar da presente ZEE nacional (logo oferecer a independência), de forma inteligente, convicta e sem medo temos que encontrar formas de nos incorporar no poder instituído das ilhas, sem o tirar a quem lá vive, devemos apostar na correcta partilha na medida do nosso apoio financeiro.
- Em nenhum momento defenderei os actos mais recentes e vergonhosos de Jardim, nem que 'aparentemente' esteja no meu campo político/partidário. Não faz o meu estilo replicar defeitos do eleitorado Socialista não tive essa educação de berço, ainda hoje defendem os fantásticos 15 anos de Socialismo com o clímax Socrático nos últimos 6, na essência, esta década e meia continental apresenta traços tão ou mais preocupantes que os do reinado de Jardim na Madeira.
- Por fim como não poderia deixar de ser, o povo Madeirense vai sofrer as consequências, Gaspar prometeu e Pedro Passos Coelho rectificou. Só pode, senão haverá revolta no Continente. Na ilha terão que pagar mais pela saúde, educação e estradas, terão também que criar mais emprego por si e não à conta do estado. É justo! Nessa altura perceberão que afinal os cubanos de Lisboa sustentaram as ilhas maravilhosas durante décadas. Temos pena, mas por agora teremos que interromper essa práctica, por cá irmãos estamos de tanga há 12 anos e na falência há 12 meses. Vejam isto da mesma forma que é visto em Lisboa, Porto, Évora, Braga ou Faro...um reajustamento para nível de vida proporcional à nossa riqueza e capacidade de a gerar. Quanto às eleições da Madeira as de Outubro e anteriores...o povo de lá tem/teve a palavra logo assumirá as consequências com ou sem Jardim.