1ª Nota: A Taxa Pai Natal!
Tenho reservas, ou melhor, em tese, sou contra qualquer tipo de tributação sobre o lucro de juros e dividendos. São derivas socialistas assentes em estruturas mentais colectivizadas e invejosas que;
a) Não premeiam quem arrisca e se expõe numa lógica empresarial racional, ponderada e dinâmica;
b) Prejudica o investimento mais frutuoso pela subtracção de poupanças não estatais;
c) Direcciona os cidadãos para padrões errados ao nível do consumo e do planeamento a longo prazo da sua vida económica;
d) São lógicas de dupla tributação pois recaem na maioria das situações em capital já taxado em IRS e IRC, logo, o Estado já ficou com a sua fatia, querendo ficar com uma segunda, agora dos proveitos de quem bem aplicou o que era seu. Já sei...vão me falar de ricos que vivem exclusivamente de juros e dividendos de capital! Peço desculpa não invejo os ricos e a sua descendência.
Agora uma taxa de 25% não uma questão de ser contra e aceitar a excepção se bem justificada, já considero um autêntico roubo em prol do funcionário público como classe. Se ao menos fosse para um propósito democrático e abrangente?!
2ªNota: Porque há boas notícias de empresas Portuguesas!
A EDP é o paradigma do problema económico em Portugal. Paga poucos impostos? Não! Em 2009, foram 400 Milhões em IRC e impostos diferidos (25,5% dos lucros). E decerto que os seus funcionários pagaram as taxas de IRS fixadas pelo governo. O problema está na regulação energética -mercado pouco concorrencial- que deveria ser totalmente centrada na defesa do consumidor, e não, é desequilibrada a favor do investidor, neste caso numa empresa até agora controlada pelo Estado imagine-se! O Estado a agiotar de um lado e do outro, i.e., agiota os consumidores pelos custos da sua política energética (conduzida pela sua empresa), e de outro agiota os seus sócios minoritários da EDP pela taxa liberatória.
3ªNota: Será que as fabulosas contribuições de titulares de cargos públicos para resolver problemas da Sociedade passam sempre pelo aumento de impostos?
Temos um problema de transportes e toma lá, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa propõe uma sobretaxa nos combustíveis! Produto com uma estrutura de preço em que os impostos já valem 50-55% da cotação...ideia muito original portanto.
Temos um problema de ambiente...e pimba já se equaciona uma taxa de entrada nas grandes cidades.
Não há paciência para políticos nacionais. Exige-se a este governo as tão necessárias mudanças para melhor e não impostos.