E eis senão quando, na SIC Notícias -programa 'Negócios da Semana'- num dia 29 que só se repetirá em 2016, a verdadeira oposição ao actual governo, na pessoa de Rui Rio, se mostrou! Tinha que ser ele. Visto que pouco ou nenhuma gente do PSD 'Cavaquista' restará com o devido crédito de credibilidade e competência para ser digna de atenção. Mesmo por isso, por essa esmagadora falta de crédito, o PSD das responsabilidades governativas anteriores, colado à falência dos seus actos passados, obrigado foi a 'passar a pasta' ao seu colega PPD. Assim, Rui Rio aponta duas linhas claras de crítica ao governo;
1ª A ausência de sinais que indiquem uma tentativa organizada, forte, coerente e comunicada de renegociar as famosas e ruinosas PPP's. De facto tal não se entende quando são pedidos esforços medonhos aos contribuintes deste país. Acertou na alvo.
2ª Alinha na falta de equidade na distribuição de sacrifícios durante 2012 e 2013, porquanto só aos funcionários públicos foram retiradas 2 retribuições. E aí discordo. Quem vive exclusivamente do orçamento e ridiculamente protegido no emprego deve pagar muito mais. Depois claro está... aqui entra sempre a minha visão de Estado, respectiva dimensão e abrangência. Claro, eu sou PPD e ele PSD. Logo, neste caso, como toda a oposição de esquerda, Rui Rio falha clamorosamente o alvo. Mas diga-se, é difícil ser juiz em causa própria, como funcionário público (político) não gostará de se ver reduzido nas retribuições.
Este corte, mais não seja é pelo menos correcto no sinal que dá. A função pública não é um 'lugar para a vida' mas sim um emprego sério que deverá incluir responsabilidades, definição de objectivos e avaliação (séria) como qualquer outro. Assim, veja (Rui Rio) este corte salarial como nota para o vosso desempenho 'num todo' durante os últimos 20 anos. Pensando bem há tantas razões para o defender que bastaria escrever um simples e seco 'discordo deste digníssimo autarca'.