1ªNota: O Tribunal Constitucional (TC) diz que todos devem contribuir, na medida das suas capacidades, para suportar os reajustamentos do país. Esquece-se vergonhosamente de quem, ao longo dos últimos 37 anos, beneficiou claramente dos actos que nos levam à necessidade dos actuais reajustamentos... os funcionários públicos. Foi muito zeloso quanto à desigualdade da repartição de sacrifícios, mas ignorou que a distribuição das benesses resultantes dos desequilíbrios acumulados fluiram sempre na mesma direcção e sentido. Aí o conceito de igualdade foi às ortigas...obrigado com ex-juízes do tribunal reformados aos 42 aninhos.
2ªNota: Achou que o limite do sacrifício exclusivo aos funcionários públicos está bem calibrado nos 5 ou 10% cortados temporariamente na retribuição, mas, só por estarem submetidos à causa do serviço público. Então e a parte do seu fraco rendimento ao longo de décadas? O problema não é o valor do ordenado em si, mas sim produzirem em desconformidade com ele! Então e a parte relativa à segurança do emprego? Como foi possível o TC subvalorizá-la como fez?
3ªNota: Pese embora o TC tenha secundarizado o tema dos reformados, também a eles é justo pedir mais, se o pagamento das suas prestações assenta na solidariedade nacional, quando não há espaço para a fazer, pode e deve cortar-se. Mas o TC ignora a real escravidão a que estão sujeitos os trabalhadores do privado ao abrigo do referido princípio. E vai daí sugere mais exploração em condições Marroquinas ou Congolesas. Até agora eramos escravos à moda portuguesa, o TC quer mesmo passar-nos para a condição de escravo Africano.