A medida de Portugal é pequena...quase a desaparecer. Em certa medida porque a comunicação social tem uma medida pequena e despreocupada do futuro do país, logo contribui para o desaparecimento.
Razão tem Ângelo Correia. Existe uma comunicação social desinteressada do país, emocionada com o pouco relevante e excitada com tramas de romance de enredo Mexicano.
Exemplos?! Então vamos a estes;
1-“…. O tribunal do Comércio de Lisboa está em completa rotura…se fosse investidor estrangeiro nunca investiria em Portugal” (Maria José Costeira, Juíza-Presidente do referido tribunal).
Tempo dado a este acontecimento/declaração; poucas horas no dia das declarações e no seguinte.
Já no código de trabalho e nas negociações/manifestações visando a sua reestruturação, a comunicação social gasta horas, debates, frente a frentes, etc.
Porque será que não percebe que o apelo desesperado da referida juíza é tão ou mais importante que a elaboração de novo código?
Simples, o jornalista Português normal não percebe que só é importante plasmar novas leis, se as existentes e futuras tenham condições para serem respeitadas a bem e nos casos necessários, a mal.
2- No novo tratado de Lisboa, algures está escrito que o Conselho Europeu poderá decidir pela dupla maioria, i.e., decisões são impostas se pelo menos 55% dos países, com pelo menos 65% da população, assim as quiserem.
Onde está o debate? O contraditório! A discussão pública?
Não está. O jornalista Português quer ser europeísta por julgar que isso lhe confere o dístico de primeiro “mundismo”. Quase que diria que na TV e Jornais se gastou mais espaço e tempo na cobertura da assinatura do tratado nos Jerónimos que a discuti-lo propriamente.
3- Ao discutir a problemática da educação em Portugal, a comunicação social prende-se ao vídeo e rejeita a discussão ideológica da questão!
Não sei bem porquê! Ou melhor, sei, a comunicação social em Portugal é na sua larga maioria de esquerda. Assim, não interessa discutir como os pedagogos comunistas e socialistas subverteram o que devem ser os valores presentes na educação (para todos, professores incluídos).
À laia de recompensa, televisões como a SIC, permeiam Sociólogas como Joana Amaral Dias que disse “…como diz o gato fedorento no meu tempo não era assim, era bem pior…” (falando sobre o caso do telemóvel na escola do Porto como sintoma da violência nas escolas, no programa Prós e Contras da RTP1). E a SIC não premeia de qualquer a maneira, lá vai ela semana sim semana não, debitar disparates em nome do seu intelectualismo pseudo-esclarecido, pseudo-superior e pseudo-educador. Ora aqui está a burrice suprema… a senhora nem sequer percebeu que no meu, no dela, e no tempo do Ricardo Araújo Pereira não se levava pressões de ar para a escola primária como hoje acontece por exemplo no Montijo.
Conclusão disto? O jornalista Português ainda não entende que são mentes brilhantes como a desta Socióloga que tem pensado a nossa educação desde o 25 de Abril (provavelmente depois de noites de ócio no Bairro Alto).