Factos, imagens, frases. Nos dias de hoje, fazem-me pensar que vivo os dias estranhos de uma "civilização global" procurando a entidade em folhas de um livro em branco.
Olhamos para o livro e pensamos que não há outra saída, possivelmente teremos que o escrever todo, desde a primeira à última linha. Mas até nisso temos dificuldades, escrevemos em que formato? Em que língua?
Um mundo a mudar? Uns pensam que acabou o contemporâneo. Eu também. Já não existe. Começou a idade digital, naquela onde os grandes vitoriosos são os amorfos que entregam a criação e produção a entes mecanizados, orgânicos ou não, despidos de afecto, ausentes de classe e uniformizadores que, agora até vendem a heterogenidade uniformizada.
O livro da nova idade ainda está por completar. Quererá o nossa espécie fechá-lo com ideias superiores? Quererão fazer das próximas décadas uma mesa de frontalidade e pragmatismo na análise das fraquezas e fortalezas do homem como centro da sua auto-destruição?
Uma espécie inteligente deveria caminhar para uma solução de subsistência coerente, verdadeira, olhos nos olhos, olho por olho, e admitir combater as suas deficiências com determinação, contudo, sem nunca as substimar.