Para quem queira ser informado aqui fica para todo o sempre a memória das palavras. Ao lado de Israel estive, estou e estarei. Incondicionalmente a favor do "...por cada Isrealista assassinado mil palestinianos devem tombar...".
O fdp líder do Hamas em declarações este Sábado no Irão
(…) Fui ter com Oshri. Ele estava deitado na cama, com olhar fixo no ecrã que transmitia intermitentemente programas do canal de televisão Al Manar do Hezbolah. «Olhem para os judeus», berravam eles num mau hebraico com pronúncia xiita, «os judeus estão de luto pesado. Eles têm grande problema. Eles amam a vida, os judeus. Nós, pelo contrário, amamos a morte, e é por isso que vamos vencer (…)
(…) Li no jornal que a avó de Ziv morreu dez dias depois dele. Recusava-se a comer, beber, dizia que não queria viver num país (Israel) em que as avós enterravam os netos. Uma frase forte, triste, mas um bocado kitsch. Ouvimo-la demasiadas vezes, por isso já não nos emociona (…)
(excertos do romance intitulado "Se Houver Um Paraíso" de Ron Leshem)
Pela letra de um Israelita, são-me trazidos os dilemas de uma nação que apesar de judaica é sobretudo democrática. Embora o romance relate realidades de 1999 a 2001 é fácil perceber e compreender, pela sua leitura, como chegámos aqui, ao tempo das pseudo-flotilhas da liberdade. A presente actuação do governo de Israel, na defesa do seu território e cidadãos, com desinteligências pontuais ou aparentes excessos à luz dos medíocres Europeus, procura resposta aos reais dilemas plasmados nos excertos que do romance retirei.
Um livro a não perder que demonstra claramente o carácter humano, ponderado e sábio do país. Lê-lo é também aceitar o que aconteceu na auto-intitulada flotilha da liberdade como pouco mais que normal. Em tempos de guerra a pressão é máxima, e nas fronteiras de Israel, mais do que em qualquer sítio no mundo, é matar ou morrer, mesmo no modo actual de “guerra preventiva” -na vertente do legítimo bloqueio a Gaza-.