A propósito disto lembrar ao António José Seguro cinco coisas;
Primeiro: Estivesse o país ao nível financeiro como está do ponto de vista de segurança alimentar e estaríamos todos de férias nas Caraíbas!
Segundo: O controlo analítico feito pelas entidades oficiais, mesmo que cumprido a 100%, nem sequer abrange 5% do que comemos (digo eu, e 5% já é um exagero da minha parte). Logo, fazer jogo político com o tema é de baixíssimo nível, demonstrativo do fraco nível da nossa oposição;
Terceiro: O controlo analítico oficial de facto tem o seu papel, não quero de forma nenhuma minorá-lo, mas convém não sobrevalorizar, nem de perto é instrumento fundamental para alcançar os objectivos em questão. Convém relembrar ao PS e António José Seguro que Qualidade e Segurança Alimentar devem ser garantidas e verificadas pelos Agentes Económicos. É uma obrigação e intenção esmagadora de quem vende, na letra da lei e nos resultados do dia-a-dia (exigências do cliente), o Estado, embora importante na sua acção, tem alcançe limitado;
Quarto: Esta declaração siginifica que volta atrás na posição oficial do PS em relação à taxa de Segurança Alimentar Mais? Ou por outro lado se compromete a cortar em outras despesas da função pública para haver dinheiro para análises?
Cinco: Porque será que o PS opta sempre pelo terrorismo informativo, alarme social e gastarias de dinheiro desmesuradas perante potenciais problemas de saúde pública? Não seja pateta e lembre-se da vossa vergonhosa actuação perante a Gripe A.
1ªNota: Com a promoção de 50% de desconto em compras superiores a 100 € no dia 1 de Maio, o Grupo Jerónimo Martins 'provocou sem medo' a esquerdalha nacional. Gostei e aplaudo.
2ªNota: Do ponto de vista pessoal evidente que nem sequer meti os pés num Pingo Doce. Mas apenas porque tenho zero de paciência para andar em supermercados cheios e a necessidade ainda não obriga. Uma das memórias que me ficou da minha curta vida na Califórnia era puder fazer compras à meia-noite, descansado, analisando calmamente todas as promoções. Acreditem! Lá eram muitas, frequentes e deste tipo também.
3ªNota: Também acho normal, dada a pouca frequência do acontecimento em Portugal, que algumas forças vivas (governo, oposição etc.) peçam/procurem a fiscalização desta 'operação de Marketing' pedindo actuação das entidades competentes. Se houver algum caso de abuso de posição dominante para com fornecedores pois então que se puna. Infelizmente pedir algum tipo de justiça rápida e justa em Portugal é uma miragem...
4ªNota: Quanto às questões anticoncorrenciais ou dumping com promoções de um dia...acho difícil os Jerónimo Martins haters conseguirem alguma coisa (ler este excelente post). E por favor não me venham com legislações especiais para promoções. Se há alguma coisa a fazer na componente legal neste tipo de matérias, tudo bem, produzam nova lei. Mas partam de uma amostra geral e não de uma situação pontual.
5ªNota: Acho que ontem foi o primeiro dia do ano em que portugueses menos remediados gozaram alguma felicidade financeira. Para alguns a poupança foi até quase 2 semanas de trabalho duro. Que dor de corno tem a esquerda por tal medida ter sido decidida por um Liberal/Capitalista da sociedade civil.
1ªNota: A venda da posição estatal na EDP! Causa-me desconforto a substituição de capital público nacional por capital público chinês. Mas é razoável admitir que ninguém, na posição dos actuais governantes, decidiria diferente. Agora exige-se é uma regulação forte e sem contemplações para quem entrou num negócio 100% seguro, e, já agora, um acordo parassocial que defenda minimamente os legítimos interesses do país. Engraçado foi nenhum jornalista se ter lembrado de perguntar ou investigar, em que estádio de desenvolvimento tecnológico está o sector de energias renováveis chinês. Nem tão pouco tentar perceber se investem em inovação na área! Essas também são áreas interessantes para nós, visto pagarmos a preço de ouro a putativa vanguarda na energia verde. Perguntas deste género feitas ao governo?...zero!
2ªNota: O 'move' de Alexandre Soares dos Santos (ASS). Perante a incerteza fiscal, para não dizer roubo, ASS deportou a sua holding detentora da cadeia Pingo Doce para a Holanda. Fez muito bem. Ele, tal como eu, não aceita dupla tributação (ainda que apenas uma ameaça para SGPS's). Tenho pena que, se eu quiser comprar acções de uma empresa lucrativa, ao contrário de ASS tenho que pagar imposto sobre possíveis dividendos.