Até percebo, numa área que forçosamente terá sempre nos funcionários públicos função central e sem concorrência, esteja uma Ministra que goste e os defenda. Contudo, convém não exagerar ou cair no ridículo. Insistir que está por provar que o privado é mais eficiente que o público...enfim!
Não se lembrará a Ministra que na Justiça se encontra, com amplo consenso, um dos tumores do país? Então os seus intervenientes são brilhantes e estão a trabalhar bem sem reparos? Há qualquer coisa no 'polícia bom' necessitada de outra revisão...pelo menos no discurso. Até porque poderá ter revisto os códigos todos, mas se tivermos noutros tribunais o nível que se encontra no TC, estamos falados. Paula Teixeira da Cruz pode ter o orgulho todo, mas eu, votante do PPD/PSD (em 2011), balanço entre a reserva total e repulsa...tenho um feeling que os nossos credores também e só viram a missa 'pela rama'.
1ª Nota: Este é um post de apreciação à entrevista na TVI24 a Paula Teixeira da Cruz.
2ª Nota: Em relação a Vítor Gaspar, a senhora tocou-se. Azar Dra. Paula! Onde viu contradição eu vejo ironia e um 'estou farto de vôces'...tão legítimas como criticar o TC.
Basicamente todos sabemos agora que é absolutamente proibido despedir na função pública trabalhadores com vínculo anterior a 2009. Nos que é possível, bancarrota do Estado ou racionalidade de recursos não são motivo suficiente ou de uso equivalente ao vigente para trabalhadores do sector privado.
Um país 3 'castas' de pessoas no que respeita à população activa; os desempregados, empregados do privado e os Lordes da Função Pública.
Cada vez tenho mais nojo deste país, da sua população, e das suas elites....para mim a maioria dos juízes do tribunal constitucional são recos agiotas.
Da imprensa de hoje, numa linguagem politcamente correcta, menos blogueira e com visões também elas interessantes, destaco este artigo (não concordando com a sua parte final) ou o editorial do Jornal i (Luís Rosa- Filhos e Enteados da Constituição).
1ªNota: A decisão há pouco comunicada por esta 'agiota' instituição sela com carimbo de morte parte do país que estava a 'levar isto para a frente' com dificuldades monstruosas. A decisão é claramente ideológica com tendência Socialista -não é a minha de todo.
2ªNota: Portugueses da função pública e do sector privado correm sério risco de, num futuro próximo, ter saudades do tempo em que só se cortavam dois vencimentos dos 14 anuais.
3ªNota: Depois 'disto' a segurança e privilégios no emprego da função pública quando comparados com os do 'privado', tornou-se intolerável.
4ªNota: Óbvio que eu me demitia se fosse Governo, há limites e para mim estão ultrapassados. Digo isto sem qualquer problema em admitir que Passos, Gaspar, os dois Macedo, Moedas e Crato foram do melhor (ou menos mau) alguma vez visto na política nacional. Voto novamente neles se decidirem ir a eleições.
1ªNota: Revolta-me tremendamente admitir a existência de um funcionário ou servidor público que, em funções, possa ver num pedido continuado e aflitivo de ambulância ao INEM um fingimento sucessivo e 'chato'.
2ªNota: Revolta-me que um servidor público não reporte a verdade relatada.
3ªNota: Revolta-me a forma e postura dos profissionais do INEM envolvidos no 'Caso do Maestro'. Aconteceu em 2009.
4ªNota: Enfurece-me o modo fácil como, nos dias de hoje, o INEM, pela voz do seu gabinete de comunicação, acha não haver razões para demissão dos elementos envolvidos nesta tragédia à Portuguesa.
5ªNota: E a arrogância da operadora do INEM perante o desespero de quem vê o marido 'ficar-se'?! Realmente o estado social serve principalmente para quem dele tira ordenadinho seguro todos os meses.
6ªNota: E a pergunta agora parece pertinente; Quantos casos destes se 'escondem', 'encobrem' ou passam 'under the radar'?
7ªNota: Por último, estas chamadas são apenas mais uma prova da forma como os funcionários e servidores públicos se protegem uns aos outros sem qualquer pingo de moralidade. Mesmo por isso....defendo aquilo que defendo desde sempre. Infelizmente, para mal dos cidadãos livres, há mais funcionários públicos no Tribunal Constitucional.
Pelo que ouvi ao dignissímo falta mais taxação sob rendimentos de capital. Com exemplo prático pode ver-se que não. O Estado já rouba 25% dos rendimentos de pequenas poupanças, diga-se, já pagaram IRS e IRC. Então reduzir os ordenados dos FP's até quase 25% (nos casos extremos) é muito, mas 25% de roubo sob dinheiro alheio não?
Assim se percebe como mais um mestre do confisco -Presidente do Tribunal Constitucional- respeita os rendimentos e propriedade privada, assim se percebe como, na sua óptica, se incentiva a poupança, assim se percebe como a função pública, se preciso for, arrasará com os poucos que tenham sido previdentes em prol da sua boa vidinha...a isto chama-se escravidão. Como é que um funcionário público com responsabilidades superiores tem coragem de dizer que o Estado precisa taxar mais rendimentos de capital quando em 186,88€ de juro rouba 46,72€?
Como me indignei com o curso de engenharia do Ex-Primeiro-Ministro, os meus dois ou três leitores estranhariam o silêncio sobre a actual polémica à volta da licenciatura de Relvas;
1-Ao contrário do Ex-Primeiro Ministro, é meu entendimento que Miguel Relvas (MR) não tirou partido desta licenciatura ‘na hora’ para publicitar ou usufruir de qualquer título/especialidade profissional indevida. E até ganhos profissionais ou prejuízo para consumidores do seu serviço – decorrentes desta licenciatura - não existem;
2-MR perante o Tratado de Bolonha tentou e ‘ conseguiu comprar’ uma frase para o seu CV. Só pode haver uma acusação aceitável; Ser um notável (e maçon) permitiu-lhe obter, da Universidade Lusófona, leitura hiper generosa do sistema de créditos do referido tratado. Sobre a credibilidade do grau académico e qualidade da Lusófona cada potencial consumidor dos seus serviços tire conclusões. Naquilo que me interessa, repito, não consta que MR esteja no serviço público via concurso em que essa licenciatura genérica fosse facto eliminatório ou pontuado.
3-Houve facilitismo? Claro que houve! Foi ilegal ou saltou regulamentos da universidade? Até ver parece que não, ao contrário do final de curso de Engenharia do Ex-Primeiro-Ministro. De qualquer forma agradeço à comunicação social a informação sobre ‘modus operandi’ de privilégio para alguns cidadãos por parte de instituições de ensino superior. Pergunta fica? Era notícia se fosse com o anónimo Manuel Capim? Espero que sim e não descansem enquanto não denunciarem todos os casos deste tipo em todas as instituições.
4-Há quem compare este caso com as ‘Novas Oportunidades’ na tentativa de relevar contradições insanáveis no discurso do governo na área educativa. É a mediocridade do costume empacotada num dos maiores defeitos do povo português… meter tudo no mesmo saco!
5-Uma coisa é um programa público anti-democrático, inútil e caríssimo, outra é um acordo entre duas entidades privadas, sem custos para o contribuinte, à luz de tratados internacionais reconhecidos em Portugal.
6-Ainda na linha de raciocínio das contradições do governo, sugere-se perda de credibilidade do mesmo quando levanta a bandeira da exigência na educação! Sobre isto basta dizer; MR não tem responsabilidades na área educativa, não tem intervenções de fundo nem redigiu o programa eleitoral do PPD sobre a matéria, e, ao contrário do que se diz, não está nos 4 ou 5 ministros referência deste governo (à luz dos cidadãos).
7-MR está a ser confrontado com erros da sua responsabilidade anteriores a 1991 e corrigidos há 20 anos (habilitações declaradas na Assembleia da República). Eu que sou sensível a aldrabices curriculares acho um bocado demais.
8-Não admiro nem repudio MR, mas percebo o que lhe estão a fazer. Seria bom que ponderasse bem o seu futuro, não por ser culpado de alguma coisa mas porque os actuais ministros ‘are in need to deliver’ alto rendimento, um tipo marcado desta maneira e com um passado cheio de momentos ‘of driving in the fast lane’ poderá causar muitos problemas de imagem e consequentemente perder muito tempo a compô-la.
9-É minha opinião que há diferenças entre Ele, o Ex-Primeiro Ministro e respectivos casos académicos. É como comparar um famoso oportunista esperto, com um famoso corrupto convencido. MR só perde numa coisa, em vez de cair em graça só acham engraçado o seu percurso de vida. Felizmente não vi ninguém a dizer, nem o visado, que a Lusíada é uma Universidade de referência em ciência política.
10- Só há uma via para evitar os males da acção de MR's. Caminhar para o liberalismo de Friedman. Percebendo-se agora a razão de Pedro Passos Coelho ter deixado cair os problemas de carácter (ou falta dele) dos políticos, aquando da sua chegada ao poder no PPD.