Corporações contra o país. Uma vergonha em nome de interesses pessoais e profissionais por parte dos funcionários públicos da MAC, os juízes embarcam e o país definha. Depois óbvio, Passos e Gaspar são tremendamente incompetentes, outrora impreparados e carreiristas das Jotas. Um caso RTP só que na área da saúde...nada de novo.
1ªNota- O relatório no que respeita ao pagamento de pensões menciona gritantes injustiças (roubos) que devem ser reparadas. Sem propor nenhuma reforma ‘ideológica’ aponta para a necessidade de expurgar o sistema da agiotagem geracional exercida em especial por ex-funcionários públicos e equiparados. Contudo, com o seu princípio basilar intacto, favorecerá sempre os mais ricos e afortunados (quer de berço quer pela vida). As propostas nesta matéria não deixam de ser um avanço significativo, mas para mim, ainda insuficientes.
2ªNota: Quanto às despesas sociais extra pensões, o FMI foi inteligente e minimal na justa medida que não são estas despesas o problema da nação, além de que representam o verdadeiro estado social já de si muito desengordurado, talvez até demais.
3ªNota: Quanto às ‘options’ para os actuais funcionários públicos, concordo com o aumento do número de horas de trabalho por semana e a redução do efectivo. Não acho boa opção reduzir transversalmente os salários, pese embora tenha uma vantagem, permite a manutenção de emprego. A decisão não é fácil mas eu arriscaria a primeira via, propensa a maiores ganhos de eficiência. E que tal pagar directamente (ao empregado) parte da rescisão com títulos de dívida pública (ou obrigações CGD) a taxa de juro ‘digna’ com maturidades variáveis? Ou vender 70% da CGD para pagar rescisões?
4ªNota: Quanto às propostas na Educação e Saúde ainda que se possa discutir precisões numéricas (Ex: número de professores a despedir) e sendo algumas entroncadas com vertentes acima descritas, assino todas por baixo com excepção de uma. Discordo liminarmente do aumento das taxas moderadoras se não vierem acopladas de firme e significativo decréscimo da carga fiscal. Aliás, do ponto de vista humano, a saúde é o calcanhar de Aquiles da minha mente liberal. Na medida de cada um (exclusivamente via impostos) deveria ser paga por todos e usada por todos num sistema verdadeiramente universal. Logo, sistemas estilo ADSE ou militar devem acabar ou passam a ser financiados exclusivamente pelos beneficiários.
5ªNota: Dito isto, é preciso que quem manda tenha coragem para mudar. Algumas mudanças propostas por FMI parecem ter consenso significativo ou que pelo menos suportará no poder quem as executar. Não será fácil, até porque o diabo está sempre nos detalhes e os problemas nascem quando se metem mãos à obra (como este governo já pode verificar).
6ªNota: Do ponto de vista político o relatório ‘FMI options’ teve como resultado tomadas de posições surreais. A do PS (e pessoas ligadas a ele) é de um delírio transcendente. Agora até já pedem maioria absoluta! Depois temos o grosso da opinião publicada e divulgada nos media, aí nada de novo, nem seria de esperar, afinal quase tudo o que aparece são beneficiários leoninos do sistema que levou Portugal à ruína. O CDS/PP está bastante incomodado com a conversa, não quer fazer verdadeiramente nada de relevante pela nação. Pois ao fazê-lo o discurso dos ‘velhinhos e das romarias às feiras’ não poderá ser mais usado.
7ªNota: O momento cómico largamente difundido foi o da tese do frete, i.e., o FMI terá assinado um texto que na realidade teria sido escrito pelo governo. Ora quem acredita que o FMI pode ser instrumentalizado a ‘nosso’ favor goza do problema crónico nacional, confundir realidade com ficção. Alguém precisa lembrar a esta gente que mesmo há pouco dias foram eles que nos emprestaram mais um porradão de massa para continuarmos a viver. Até podem ter sido influenciados e assessorados pela equipa de Passos Coelho, mas parece-me mais que evidente que concordam com as conclusões do seu trabalho.
8ªNota: Na minha opinião o trabalho tem um grande ponto fraco. Então e as ‘options’ político-administrativas? Número de deputados, número de câmaras, duplicação de organismos e empresas públicas na persecução de mesmas funções, etc. Até poderão ser de poupança reduzida, mas Portugal tem políticos profissionais de sobra que afectam a eficiência em prol do social e sociedade. Além de que este tipo de propostas credibilizaria e daria força às outras.
1ªNota: Revolta-me tremendamente admitir a existência de um funcionário ou servidor público que, em funções, possa ver num pedido continuado e aflitivo de ambulância ao INEM um fingimento sucessivo e 'chato'.
2ªNota: Revolta-me que um servidor público não reporte a verdade relatada.
3ªNota: Revolta-me a forma e postura dos profissionais do INEM envolvidos no 'Caso do Maestro'. Aconteceu em 2009.
4ªNota: Enfurece-me o modo fácil como, nos dias de hoje, o INEM, pela voz do seu gabinete de comunicação, acha não haver razões para demissão dos elementos envolvidos nesta tragédia à Portuguesa.
5ªNota: E a arrogância da operadora do INEM perante o desespero de quem vê o marido 'ficar-se'?! Realmente o estado social serve principalmente para quem dele tira ordenadinho seguro todos os meses.
6ªNota: E a pergunta agora parece pertinente; Quantos casos destes se 'escondem', 'encobrem' ou passam 'under the radar'?
7ªNota: Por último, estas chamadas são apenas mais uma prova da forma como os funcionários e servidores públicos se protegem uns aos outros sem qualquer pingo de moralidade. Mesmo por isso....defendo aquilo que defendo desde sempre. Infelizmente, para mal dos cidadãos livres, há mais funcionários públicos no Tribunal Constitucional.
O SNS, ADSE ou qualquer outro sistema de saúde pública não deve custear actos médicos sem razão patológica objectiva. Ou então, em determinadas situações, impor plano de pagamento para o custo integral do acto médico. Exemplos do que estou a dizer; Este e este.
A propósito disto lembrar ao António José Seguro cinco coisas;
Primeiro: Estivesse o país ao nível financeiro como está do ponto de vista de segurança alimentar e estaríamos todos de férias nas Caraíbas!
Segundo: O controlo analítico feito pelas entidades oficiais, mesmo que cumprido a 100%, nem sequer abrange 5% do que comemos (digo eu, e 5% já é um exagero da minha parte). Logo, fazer jogo político com o tema é de baixíssimo nível, demonstrativo do fraco nível da nossa oposição;
Terceiro: O controlo analítico oficial de facto tem o seu papel, não quero de forma nenhuma minorá-lo, mas convém não sobrevalorizar, nem de perto é instrumento fundamental para alcançar os objectivos em questão. Convém relembrar ao PS e António José Seguro que Qualidade e Segurança Alimentar devem ser garantidas e verificadas pelos Agentes Económicos. É uma obrigação e intenção esmagadora de quem vende, na letra da lei e nos resultados do dia-a-dia (exigências do cliente), o Estado, embora importante na sua acção, tem alcançe limitado;
Quarto: Esta declaração siginifica que volta atrás na posição oficial do PS em relação à taxa de Segurança Alimentar Mais? Ou por outro lado se compromete a cortar em outras despesas da função pública para haver dinheiro para análises?
Cinco: Porque será que o PS opta sempre pelo terrorismo informativo, alarme social e gastarias de dinheiro desmesuradas perante potenciais problemas de saúde pública? Não seja pateta e lembre-se da vossa vergonhosa actuação perante a Gripe A.
Vai-se percebendo o porquê do actual Ministro da Saúde ser tão desagradável...é (também) uma chatice esta coisa de incutir boa gestão pela vertente do escrutínio cabal das falcatruas do sistema. Não espantaria uma qualquer orgânica ligada à medicina/médicos lançar nas próximas horas mais um pseudo-problema da saúde em Portugal...nuvens de fumo são precisas! Parabéns aos funcionários públicos que suspeitaram, investigaram e descobriram esta vergonha. Que diferença um ministério liderado por uma médica que nem cabimentação orçamental fazia em comparação com o actual. No mínimo é a diferença entre incompetência pura e aptidão.
1ª Nota: Os notáveis julgam-se políticos que antidemocraticamente podem e devem substituir os Ministros, possuidores até de novas ideias para a reforma fiscal nacional. O problema é que são todas duma burrice atroz.
2ª Nota: Não admitem supostas intromissões no seu trabalho até nas tarefas mais comezinhas de dificuldade e tecnicidade baixa. Mas opinar sobre o dos outros, normalmente para dizer que tudo está mal se não for feito por eles, estão por aí.
3ª Nota: São corporativamente incapazes de admitir, analisar ou assumir falhas. É mais fácil ouvir o seu Bastonário a debitar disparates sob escolhas dietéticas das famílias -por darem hambúrgueres do Mac aos filhos- do que lhe 'sacar' uma humilde declaração/explicação sobre a ocorrência/recorrência de não conformidades perpetuadas em actos médicos. Também, diga-se a verdade, não há jornalistas competentes e corajosos para fazer perguntas incómodas nas alturas certas, nos modos adequados de forma a terem divulgação mediática.
4ªNota: Sem lá porém o dinheirinho pensam que são os donos feudais dos sistemas de saúde 'públicos'. Alguém lhes deve relembrar que sim, mas apenas na justa proporção da sua contribuição financeira em sede de impostos.
5ªNota: Tem um nível médio de competência conforme e nalgumas áreas bastante bom, mas normalmente julgam-se os melhores do mundo. Isto é, têm nível de Aimar com 32 anos mas gostam-se de vender como o Messi com 24. Pior que isso é acharem que a sociedade os vê como se vêm a si próprios, isto é, deus no céu e o médico na terra.
Porquê este post? Três Razões;
- Por curiosidade fui ao Portal da Ordem dos Médicos procurar por um voto de pesar relativo ao sucedido recentemente no hospital Garcia da Horta. Não encontrei. Certamente procurei mal, não sou culto ao ponto de saber que não é sede para tais declarações, este portal informa sobre coisas más mas dos outros (Infarmed, Governo etc.). Nem queria ler nada de concreto sobre quem errou e porquê, apenas esperaria um lamento institucional pela situação do paciente, e, porque não, solidariedade q.b. para com um colega que não deve estar a viver dias fáceis;
- Ao ver os noticiários de hoje fico com a sensação que um tema foi lançado para encobrir outro do ponto de vista mediático. 17 médicos a alertar para potenciais perigos fica sempre melhor que a imagem ultima manchada por corriqueiras operações a correr tremendamente mal - sem se puder culpar o Paulo Macedo por isso. Mais uma vez sou eu que devo esta a ficar um cretino idiota vendo conspiração/orquestração em tudo.
- Por último temos a razão mais pessoal. Sempre que aqui em casa se fala de varizes é lembrado o médico responsável por essa operação à minha mãe. Há 15 anos fê-la bem, mas actualmente, certamente por ter faltado às sessões de formação na sua digníssima ordem, está judicialmente acusado de assédio sexual. Provavelmente levou muito a sério o lema “Sendo a última profissão romântica, a Medicina será sempre de melhor Qualidade quando praticada por homens de cultura”, João Cid dos Santos - Frase de apresentação no portal da Ordem dos Médicos). Neste caso deverá ter sido uma descontrolada deriva porno - a expressão cultural mais democratizada e antiga do mundo... aprende-se com a prática!